Declaração partiu da Cáritas Internacional ao Conselho de Direitos Humanos da ONU
Da redação, com Cáritas
A Cáritas Internacional, preocupada com o impacto da escalada da violência em Mianmar sobre a já frágil situação humanitária do país, pede à ONU para garantir o acesso humanitário seguro para prestar assistência que salva vidas.
Em uma declaração ao Conselho de Direitos Humanos do organismo em 12 de fevereiro, a confederação de 162 membros ecoou a voz de seus parceiros humanitários locais e da Igreja Católica local e expressou “grande preocupação sobre a capacidade das organizações de ajuda em alcançar as pessoas necessitadas”.
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Ajuda em Mianmar
A Cáritas trabalha em Mianmar há mais de 30 anos – ajudando comunidades em emergências e fornecendo apoio em áreas como educação, HIV-AIDS, construção da paz e mobilidade humana – e expressa séria preocupação com o acesso restrito a comunidades vulneráveis desde que a crise política eclodiu no país em 1 de fevereiro. A situação é ainda mais crítica e perigosa durante a pandemia de covid-19.
Portanto, a confederação exortou o Conselho de Direitos Humanos e a comunidade internacional a “monitorar de perto os direitos humanos e a situação humanitária em Mianmar por meio de mecanismos apropriados de direitos humanos da ONU”.
A Cáritas Internacional saúda particularmente a resolução adotada pelo Conselho de Direitos Humanos que solicita mecanismos e especialistas em direitos humanos da ONU para monitorar a situação no país e tomar medidas adicionais para enfrentar a crise atual.
Diálogo e Respeito
Dirigindo-se ao Conselho, a Cáritas também exorta todas as partes a garantirem o acesso humanitário seguro e desimpedido para fornecer assistência que salva vidas, retomar a resposta à pandemia e evitar o uso de violência e restaurar o Estado de Direito e os princípios da democracia.
“A única saída para esta crise em Mianmar é através do diálogo e do respeito aos direitos humanos e à dignidade humana”, disse Aloysius John, secretário-geral da Cáritas Internacional.
“A Cáritas exorta a comunidade internacional a se solidarizar com o povo de Mianmar e apoiar os esforços para uma resolução pacífica no país que promova a reconciliação e a harmonia, para ecoar o recente apelo do Papa Francisco.”