Em 2014, mais de um milhão de nigerianos fugiram dos ataques do Boko Haram; refugiados têm necessidades básicas como moradia, alimentos e remédios
Da Redação, com Agência Fides
A Caritas Internacional inicia, nesta quinta-feira, 26, em Roma, uma reunião para traçar planos de ação sobre a realidade vivida por refugiados da violência do Boko Haram. O encontro segue até amanhã.
No último ano, mais de um milhão de nigerianos fugiram dos ataques violentos do grupo Boko Haram. Essas famílias, dispersas em vários países vizinhos, não têm outra ajuda se não aquela oferecida pela Igreja Católica e por alguns grupos humanitários, para suas necessidades básicas, como moradia, alimentos e remédios.
“A população da Nigéria está fazendo uma experiência de sofrimento e de terror extremos”, diz o diretor executivo da Caritas na Nigéria, padre Evaristus Bassey, que participa do encontro em Roma. “Nós da Caritas, junto a outras pessoas de boa vontade, estamos fazendo o nosso melhor (…) mas as necessidades são impressionantes”.
Deslocados e refugiados são acolhidos nas dioceses da Nigéria, Níger, Chade e Camarões. Mais de 2500 pessoas vivem acampadas na Catedral de Yola, na Nigéria, enquanto outras milhares encontraram refúgio em estruturas eclesiásticas no país. Recentemente, uma delegação dos bispos nigerianos foi a Camarões, a convite da Conferência Episcopal local, para encontrar os nigerianos ali refugiados.
Na reunião, da qual participam os representantes da Caritas na Nigéria, Níger e Chade, será discutido também o drama dos 800 mil deslocados e refugiados da República Centro-Africana.