Falecimento

Cardeal suíço Henri Schwery morre aos 88 anos

Bispo emérito de Sion foi presidente da Conferência Episcopal Suíça na década de 1980

Da redação, com Vatican News

Cardeal Henri Schwery morreu, aos 88 anos./ Foto: Diocese de Sion

O cardeal Henri Schwery faleceu nesta quinta-feira, 7, aos 88 anos, em sua cidade natal de Saint-Léonard, em Valais, Suíça, onde por muito tempo continuou a prestar serviços paroquiais como simples capelão.

Nomeado bispo, em 1977, por São Paulo VI

Nascido em 14 de junho de 1932, Henri Schwery foi ordenado sacerdote pela Diocese de Sion, em 1957, enquanto estudava matemática e física quântica na Universidade de Freiburg. Em seguida, exerceu diversos ofícios, como capelão militar, capelão da Ação Juvenil Católica, professor do colégio de Sion, depois diretor do Seminário menor e, por fim, reitor do colégio de Sion, até sua nomeação como bispo da mesma diocese por São Paulo VI em 1977.

As tensões com o Seminário de Ecône e o cisma de Lefevre

Seus 18 anos de governo diocesano foram marcados em particular pela difícil relação com o Seminário de Ecône, administrado pela Fraternidade São Pio X do bispo Marcel Lefebvre, que estava na jurisdição de sua diocese. Além disso, como presidente da Conferência Episcopal Suíça, de 1983 a 1988, Dom Schwery não conseguiu dissuadir o arcebispo Lefebvre de prosseguir com as ordenações de bispos que, em 1988, levaram à excomunhão de bispos da Fraternidade São Pio X.

Em 1984, as boas-vindas a João Paulo II na Suíça

Seu episcopado em Sion também foi marcado pela introdução do diaconato permanente e a criação de um seminário diocesano em 1986. Ele também desenvolveu uma pastoral focada no apoio às famílias e criou setores pastorais para garantir uma rede paroquial mais equilibrada.

“O dinamismo sempre presente dessas várias realizações atesta a atualidade das suas visões pastorais e a fecundidade do seu compromisso apostólico”, lê-se no site da Diocese de Sion. Como presidente da CES, Dom Schwery acompanhou São João Paulo II durante sua Viagem Apostólica à Suíça, em 1984, por ele organizada, e sete anos depois recebeu o barrete cardinalício.

Deixou de guiar a diocese, em 1995, por motivos de saúde

Aposentado do governo episcopal por motivos de saúde, em 1995, permaneceu como cardeal eleitor até 2012. Nessa qualidade, participou do Conclave de 2005 que levou à eleição de Bento XVI, enquanto nos anos entre 1991 e 2000 foi membro de vários dicastérios da Cúria Romana, como a Congregação para as Causas dos Santos e o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. Ele também foi Grão-Prior da Ordem dos Cavaleiros do Santo Sepulcro na Suíça.

Funeral sem fiéis devido à pandemia

O seu funeral será celebrado, na segunda-feira, 11 de janeiro, às 10h30, na Catedral de Sion. Devido às restrições impostas pela pandemia, os fiéis não poderão entrar na catedral, mas serão convidados a participar da celebração por meio da oração.

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