NO CONGRESSO

Cardeal Kasper: "Igreja de mão estendida e não de dedo apontado"

O Prefeito Emérito do Conselho Pontifício, Cardeal Walter Kasper, falou sobre papel da Igreja no Congresso Apostólico Europeu da Misericórdia 

Da redação, com Rádio Vaticano

“Só uma Igreja de mão estendida e não de dedo apontado pode anunciar com força o Evangelho ao mundo de hoje”. Foi o que disse o Prefeito Emérito do Conselho Pontifício, Cardeal Walter Kasper, para a Promoção da Unidade dos Cristãos no Congresso Apostólico Europeu da Misericórdia que está acontecendo na Basílica Romana de Sant’Andrea della Valle.

“Se Deus tornou-se um estrangeiro, sobretudo na Europa e no nosso mundo ocidental, os cristãos têm uma certa culpa porque falam muito de Deus num modo que não corresponde exatamente ao Evangelho, a Boa Notícia; falam muito não de Deus, que é um Evangelho, mas de um Deus que faz medo, ameaça, pune”, disse ainda.

O Cardeal afirma que “hoje” é o tempo da misericórdia e que a Igreja é chamada a ser um hospital de campanha, mas não para testemunhar um Deus só gentil e inócuo que não toma seriamente o mal e o pecado. “A misericórdia não tira as verdades da fé”, acrescentou.

“Onde não há misericórdia vivem os demônios” disse o Cardeal Kasper, citando Dostoevskij, tendo declarado ainda que a misericórdia é encontrar Jesus nos pobres, nos esfomeados e nos refugiados. “E a Igreja deve estar de portas abertas, uma Igreja pobre para os pobres, uma Igreja sem saída, uma Igreja missionária, que sabe que não é possível falar de Deus, cujo nome é misericórdia, sem viver a misericórdia”

Ao concluir ele acrescenta: “Uma Igreja que não tenha o dedo moral levantado, mas a mão estendida para fazer irradiar um raio de luz e de calor no nosso mundo”.

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