"Bem-aventurados os MISERICORDIOSOS, porque eles alcançarão MISERICÓRDIA" (Mt 5,7)

Testemunhos

Brasil na JMJ: voluntárias contam suas experiências na Polônia

Patrícia, Ada e Fabíola, três brasileiras de vários cantos do país têm em comum a entrega à JMJ 2016 com o trabalho de voluntariado

Jéssica Marçal
Da Redação

Patrícia, Ada e Fabíola, voluntárias na JMJ 2016 / Foto: Montagem - Arquivo Pessoal

Patrícia, Ada e Fabíola, voluntárias na JMJ 2016 / Foto: Montagem – Arquivo Pessoal

O Brasil é o país com maior número de voluntários internacionais na Jornada Mundial da Juventude 2016. No Comitê Organizador Local (COL), o coração dos preparativos da JMJ, são nove brasileiros trabalhando.

Patrícia Paiva faz parte da equipe de traduções e é a tradutora responsável pelo conteúdo do site da JMJ em português e alguns documentos do COL, além de colaborar com a equipe de Redes Sociais e Voluntariado.

Patrícia foi para a Polônia porque ela e seu marido, um polonês que ela conheceu na JMJ Rio 2013 quando também foi voluntária, decidiram se casar. Ela foi para o país em maio de 2015, começou a trabalhar no COL e se casou em novembro do mesmo ano.

Patrícia (de óculos) com outros voluntários da Jornada / Foto: Arquivo Pessoal

Patrícia (de óculos) com outros voluntários da Jornada / Foto: Arquivo Pessoal

Para ela, as maiores dificuldades têm sido o idioma e a saudade da família e dos amigos do Brasil. Mas as dificuldades e sacrifícios se justificam, já que Patrícia acredita que ser voluntário é doar-se integralmente ao irmão, colocar em prática os ensinamentos de Cristo, e na Jornada ela tem feito isso com o seu trabalho. “Não tem como explicar a sensação ao ver a gratidão no rosto das pessoas. Tenho muito orgulho de servir à Igreja e sou muito grata por todas as bênçãos que tenho recebido”.

Ada, direto de Brasília

Ada Nunes, voluntária brasileira na JMJ 2016 / Foto: Arquivo Pessoal

Ada Nunes, voluntária brasileira na JMJ 2016 / Foto: Arquivo Pessoal

A brasiliense Ada Nunes também está nessa junto com Patrícia. Consagrada da Comunidade de Aliança da Comunidade Católica Shalom, ela trabalha no Setor de Inscrições da JMJ, responsável pelas inscrições dos peregrinos de língua francesa.

No início, Ada ficou receosa por estar em um ambiente com várias línguas e culturas diferentes, mas viu que o que parecia um desafio era, na verdade, um modo de experimentar a alegria e diversidade de ser Igreja. “Aqui, todos estamos juntos para ofertarmos nossas vidas em prol de cada jovem que virá para a JMJ”, afirma.

declaração_AdaDesde já ela se sente recompensada por tanto trabalho. “Recebo cem vezes mais do que financeiramente poderia receber. A graça de poder contribuir para que outros tenham uma experiência com Deus, e também, poder tocar na força e vivacidade da Igreja, da juventude que se reúne e compartilha da alegria de ser de Deus, não tem preço”.

E em especial nesse Ano Santo da Misericórdia, Ada diz que será uma grande graça viver essa Jornada na terra de dois grandes santos que são símbolos do amor misericordioso de Deus: Santa Faustina e São João Paulo II, o idealizador da JMJ. “Com toda certeza, viveremos nos dias da JMJ momentos inesquecíveis. Como costumamos dizer aqui: Czekamy na ŚDM! ( Estamos esperando a JMJ!)”.

Fabíola, direto de Santa Catarina

Fabíola, recém-casada, abraça o Papa Francisco  / Foto: Arquivo Pessoal

Fabíola, recém-casada, abraça o Papa Francisco / Foto: Arquivo Pessoal

A catarinense Fabíola Goulart também é voluntária brasileira na JMJ 2016. Ela e seu marido trocaram a comum vida de recém-casados para se dedicarem aos trabalhos de voluntariado na JMJ 2016. “A gente não se arrepende, tem sido um momento muito maravilhoso poder servir. Nós nos conhecemos servindo na Igreja, então pra gente é muito natural”.

O jovem casal tem se colocado, desde então, a serviço de outros jovens, o que para Fabíola constitui a missão do voluntário da JMJ. “A Jornada Mundial da Juventude sem os jovens voluntários, acredito que seria muito diferente. Ter esse espaço para os jovens voluntários é o que a faz diferente, a faz próxima da realidade dos jovens, transforma esses jovens voluntários em líderes em seus países e comunidades quando voltarem pra casa. Ser um voluntário da JMJ é especial por causa desse serviço mundial, aos jovens do mundo inteiro”.

Para Fabíola, a maior dificuldade é enxergar a atividade que ela realiza como voluntária não apenas como um trabalho, mas colocar amor, paixão e viver essa atividade como um testemunho de vida. “Como algo que eu devo viver para os outros, não num sentido egoísta de chegar no horário e fazer só o que eu tenho que fazer porque me mandaram fazer, mas num sentido de estar fazendo isso pelo outro, por amor aos peregrinos, aos voluntários, aos habitantes da cidade”.

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