África

Bispos lançam apelos antes das eleições em Moçambique

Os Bispos católicos de Moçambique esperam que os cidadãos dêem sua contribuição para que as eleições do próximo mês de novembro sejam oportunidade de reforçar a democracia no país.

"Somos todos chamados a contribuir, como cidadãos, na obra de reforço da democracia, como um passo importante na construção do bem comum", afirmam os prelados, na Carta Pastoral intitulada "Por eleições livres, justas e transparentes".

Recordando os anteriores pronunciamentos sobre a vida social do país, os Bispos moçambicanos afirmam o seu direito e dever de "iluminar as realidades terrenas, à luz do Evangelho", sem que isto comporte "uma indicação de voto".

Na Carta Pastoral, a Conferência Episcopal reconhece que das últimas eleições emerge o desejo do povo moçambicano de reforçar a sua jovem democracia. Os Bispos destacam, de modo especial, o desejo dos moçambicanos em construir um Moçambique melhor, através da recuperação dos valores da tolerância e do respeito recíproco, que se perderam durante a longa guerra civil (1975-1992).

Os Bispos afirmam que as eleições "são a maior expressão da democracia, uma forma privilegiada através da qual o cidadão exerce o seu direito e dever de participar na melhoria das condições de vida próprias e de seu povo".

O documento sugere algumas indicações para permitir a realização livre e pacífica de eleições. Entre elas, está a divulgação ao maior número possível de cidadãos da legislação eleitoral; a conclusão do recenseamento eleitoral; uma campanha eleitoral livre e transparente e o respeito das regras eleitorais, seja por parte das instituições, como por parte dos cidadãos (em especial, os Bispos recordam que o voto é secreto e ninguém pode ser obrigado a revelar a própria escolha).

Em relação aos critérios para a escolha do voto, o documento se detém na seriedade dos partidos políticos, na escolha de "líderes competentes, honestos e críveis", observância por parte dos candidatos do respeito do adversário, durante a campanha eleitoral, e na abertura ao diálogo e à tolerância.

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