Resposta à decisão de Trump

Bispos dos EUA dizem que muro com o México trará mais sofrimento

Conferência Episcopal respondeu à decisão de Trump sobre muro na fronteira com o México, alertando para aumento da exploração dos migrantes 

Rádio Vaticano em italiano

Construção do muro foi uma das promessas mais polêmicas da campanha de Donald Trump à presidência / Foto: Reprodução Reuters

Construção do muro foi uma das promessas mais polêmicas da campanha de Donald Trump à presidência / Foto: Reprodução Reuters

É preciso construir pontes, não muros. Assim a Conferência Episcopal dos Estados Unidos responde à decisão do presidente Donald Trump de autorizar a construção de um muro na fronteira com o México.

Em uma declaração, o presidente da Comissão para os Migrantes, Dom Joe Vasquez, critica duramente a decisão e assegura que a Igreja estadunidense fará de tudo para ser próxima aos imigrantes e às suas famílias.

A construção do muro decidida pelo presidente Trump “colocará a vida dos imigrantes em perigo”, devemos “construir pontes entre as pessoas”, não levantar barreiras. É o que afirma na nota Dom Vasquez, destacando que este muro, além disso, fará com que os imigrantes, sobretudo os mais vulneráveis, mulheres e crianças, sejam ainda mais explorados por traficantes e contrabandistas. Ele também acrescenta que a construção dessa barreira “desestabilizará muitas comunidades que vivem pacificamente ao longo da fronteira”.

O responsável dos bispos dos EUA pelos migrantes denuncia também a nova política de detenção e deportação dos imigrantes anunciada por Donald Trump. Tais políticas, adverte, “dividirão as famílias e alimentarão o pânico e o medo nas comunidades”. E acrescenta que não se assegura a segurança dos americanos com um escalonamento de detenção dos imigrantes. Estas medidas, para Dom Vasquez, “tornarão ainda mais difícil para as pessoas mais vulneráveis ter acesso à proteção do nosso país”.

Dom Vasquez assegura o apoio e a solidariedade da Igreja estadunidense aos migrantes. “Todos os dias experimentamos a dor de famílias que lutam para viver uma vida que tenha semelhança com uma vida familiar normal. Vemos crianças traumatizadas”. As políticas anunciadas por Trump, conclui, “chateiam ainda mais as famílias dos migrantes”.

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