Ajuda aos imigrantes

Bispos denunciam novas regras contra crianças imigrantes nos EUA

Presidente do Comitê de Migração da Conferência dos Bispos Católicos norte-americano critica as novas regras impostas pelo Departamento de Segurança Interna

Da redação, com Vatican News

Bispo Joe Vasquez, presidente do Comitê de Migração da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos / Foto: United States Conference of Catholic Bishops – Reprodução

O governo dos Estados Unidos anunciou na semana passada sua intenção de acabar com um acordo que protege as crianças imigrantes e garante que não serão mantidas em detenção por mais de um determinado período de tempo.

O acordo, denominado Flores Settlement Agreement, estabelece princípios fundamentais em relação ao atendimento, custódia e liberação de crianças imigrantes que estão sob custódia federal. Isso inclui que estejam alojadas em um ambiente menos restritivo e em instalações licenciadas para cuidar de crianças, além de que sejam liberadas o mais rápido possível, geralmente após 20 dias.

De acordo com as novas regras publicadas pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, o governo pode deter crianças imigrantes com seus pais indefinidamente. E também reserva o direito de determinar os termos e condições sob os quais eles serão mantidos sob custódia.

O presidente do Comitê de Migração da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos é o bispo Joe Vasquez, de Austin, Texas. Em um comunicado oficial publicado no site da USCCB, o bispo afirma que a nova regra prejudicará drasticamente as proteções existentes no Flores Settlement Agreement para crianças imigrantes sob custódia federal e terá “consequências devastadoras para crianças imigrantes”.
Ao descrever a nova regra como “ilegal e desumana”, o bispo Vásquez explicou que esta determinação “prejudicará o bem-estar e o tratamento humano das crianças imigrantes sob custódia federal e resultará em crianças que sofrem consequências a longo prazo por terem sido mantidas por períodos prolongados em detenção familiar.”

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