Dom Sandri disse que o Vaticano II tornou possível redescobrir, a nível universal, a tradição do Oriente cristão
Da redação, com Rádio Vaticano
“As Igrejas Orientais tiveram um papel decisivo na preparação da grande renovação na vida da Igreja Católica promovida pelo Concílio”. Foi o que afirmou o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri, ao pronunciar-se na última de terça-feira, 19, na Universidade Católica de Milão sobre o papel do Vaticano II no desenvolvimento das Igrejas Orientais Católicas.
De acordo com Dom Sandri, o Vaticano II tornou possível redescobrir, a nível universal, a tradição do Oriente cristão, professada tanto pelas Igrejas Ortodoxas como pelas Orientais Católicas. Além disso, reintegrou aquilo que já fazia parte da vida, pouco conhecida, das Igrejas Orientais e abriu uma ponte de comunicação com todo o Oriente cristão, especialmente com as Igrejas Ortodoxas.
Durante o seu pronunciamento, o Cardeal sublinhou a importância de fazer a distinção correta entre as Igrejas da Europa Oriental e aquelas do Oriente Médio. “Estas últimas foram vítimas de perseguições desumanas que deixaram feridas profundas. As outras, por sua vez, como a Igreja Greco-Católica na Ucrânia, foram sepultadas pela ditadura comunista, mas renasceram graças à queda do Muro de Berlim”.
Diálogo com muçulmanos
O Cardeal acrescentou que “é de fundamental importância para as Igrejas Católicas Orientais que consigam dialogar com os muçulmanos, criando uma convivência frutuosa e pacífica com esta comunidade. Somente assim será possível iniciar um verdadeiro diálogo ecumênico baseado na integração e na solidariedade”.