Vigilância

Banco do Vaticano publica relatório inédito sobre reforma

A instituição implementou constante vigilância contra a lavagem de dinheiro. Funcionários receberam formação especializada

Liliane Borges
Da Redação, com Instituto para as Obras Religiosas

Banco do Vaticano publica relatório inédito sobre reforma

” (…) não há dúvida de que estamos nos movendo no caminho certo e que temos feito progressos significativos”, destaca o presidente do IOR, Ernst von Freyberg /Foto: Arquivo

O Instituto para as Obras Religiosas (IOR), entidade financeira do Vaticano, publicou nesta quarta-feira, 22, um comunicado sobre os trabalhos de reforma e vigilância realizados em 2013.

O IOR informa que no primeiro trimestre do ano passado,  o Conselho de Superintendência e a Direção do Instituto decidiram examinar com cuidado e modificar a estrutura dos procedimentos relativos à luta contra a lavagem de dinheiro e a melhoraria na transparência.

Foram atualizadas as linhas guias relativas às categorias de clientes, que atualmente são: Instituições católicas, clérigos, funcionários do Estado da Cidade do Vaticano, ex-funcionários  que recebem aposentadoria,  Embaixadas e diplomatas credenciados junto à Santa Sé.

Atualmente,  as instituições católicas representam cerca de 85% dos ativos do IOR.  Os clientes que não se enquadram nos grupos citados, terão as contas encerradas sob a supervisão da Autoridade de Informação Financeira (AIF).

A Instituição informa que possui relações com 35 bancos em todo o mundo. As parcerias possibilitam, afirma o comunicado, serviços de pagamentos globais, principalmente de clientes institucionais, como ordens religiosas e entidades da Igreja.

Porém, ainda não foram retomadas as relações com os bancos da Itália. “Na espera de que as  autoridades italianas avaliem as normas  contra a lavagem de dinheiro promulgadas pela Santa Sé / Estado do Vaticano, o IOR está pronto para retomar as relações com as instituições financeiras italianas”.

O comunicado informa ainda que teve início a modernização dos sistemas de  informática, para melhorar  o monitoramento das transações financeiras. “O Instituto implementou um aplicativo com base em dados dos clientes,  seja para as  contas individuais como para as contas de instituições”, informa.

O IOR ofereceu a todos os funcionários um plano obrigatório de formação geral e especialização no campo de lavagem de dinheiro, de modo a assegurar a “absoluta observância de todas as obrigações contidas no manual”.

“Embora ainda haja muito a ser feito em termos de implementação, não há dúvida de que estamos nos movendo no caminho certo e que temos feito progressos significativos”, destaca o presidente do IOR, Ernst von Freyberg.

O Comunicado na íntegra está disponível  no site oficial do Instituto para as Obras Religiosas (IOR) em inglês, espanhol e italiano.

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