Cristã perseguida

Asia Bibi declara que tem sonho de conhecer o Papa

Do cárcere de Sheikhupura, no Paquistão, onde está presa em isolamento, Asia Bibi, a cristã condenada à morte por blasfêmia, lança ao mundo um apelo para realizar um sonho: encontrar o Papa Bento XVI.

Ao falar de seu desejo, Asia afirma que quer viver o suficiente para ver o dia em que poderá encontrar o Santo Padre e agradecê-lo:

"O meu maior sonho será encontrar Papa Bento XVI. A Masihi Foundation [fundação de amparo às comunidades marginalizadas do Paquistão] me disse que o Santo Padre falou de mim: isso me deu uma grande esperança, me estimula a continuar a viver, me fez sentir amada, consolada e apoiada pelo mundo inteiro. É um privilégio saber que o Papa falou de mim e que acompanha meu caso pessoalmente”.

Como contou o marido Ashiq, que a visitou recentemente, Asia está em condições de extrema fraqueza física e psicológica. Ashiq e os advogados temem pela sua saúde, piorada devido ao jejum de Quaresma, que por razões espirituais, a mulher está praticando com “consciência e convicção”. “Um encontro com o Papa seria para ela como uma ressurreição depois da dolorosa experiência da cruz”, explicam.


“Estou frustrada e acho que minha vida chegou a um ponto morto. Espero desesperadamente sair desta prisão e quero pedir ajuda a todos para que façam algo para libertar-me”, disse Asia, que está muito preocupada por sua família.

“Tenho medo por minha vida, pela vida de meus filhos e de meu marido, que estão sofrendo comigo: sinto como se toda minha família estivesse condenada. Isto me entristece e me faz sentir responsável, falida em algo. As mulheres deste mundo são chamadas a construir uma casa, um futuro com suas famílias. Eu, porém, que futuro posso prometer à minha família? Gostaria de lhe oferecer uma vida mais segura em um país que não seja o Paquistão, mas sei que não viverei o suficiente para ver este dia. Mesmo se saísse da prisão, mesmo se o Tribunal Superior me julgasse inocente, não sobreviveria aqui. Os extremistas não me deixarão em paz jamais: sou uma mulher marcada. A minha fé, no entanto, é forte e creio que Deus é misericordioso e responderá às minhas preces”, declarou.

Depois da morte de Salman Taseer e de Shahbaz Bhatti, a cristã acusada diz estar chocada e passa muitas noites acordada, temendo que ela, como também seus parentes e advogados, se tornem alvo dos extremistas. 
Asia recorda que “a lei da blasfêmia deve ser abolida porque lesa todos, cristãos e muçulmanos".

"Ninguém estará seguro no Paquistão até que ela vigore. Sou uma vítima inocente desta lei: sofro sem ter cometido algum crime”, conclui.

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