Conflitos

Arcebispo venezuelano pede reconciliação com países vizinhos

O vice-presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), Dom Roberto Lückert León, fez um apelo à reconciliação e pediu ao governo do país que evite qualquer confronto bélico com a Colômbia e outros países vizinhos.

Em declarações a "Unión Radio", o arcebispo afirmou que é um erro que o presidente Hugo Chávez procure "exacerbar o nacionalismo dos venezuelanos em um confronto com a Colômbia". Ele recordou que na Venezuela vivem mais de cinco milhões de colombianos e se os estrangeiros que moram em Zulia, na fronteira entre os dois países, decidirem voltar para seu país, a agroindústria nacional pode sofrer graves conseqüências.

Dom Lückert León acrescentou que Chávez "não pode levar a Venezuela a um conflito bélico somente por interesses pessoais, mas tem que consultar os venezuelanos".

O governo colombiano acusou ontem o Equador e a Venezuela de darem apoio às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). A Venezuela foi acusada de financiar a guerrilha segundo documentos encontrados num computador apreendido no local onde Raúl Reyes, o número 2 das FARC, foi morto, em território equatoriano, no sábado, com outros 16 guerrilheiros. Já o Equador foi acusado de dar abrigo aos guerrilheiros.

De acordo com a Colômbia, Hugo Chávez teria fornecido uma ajuda de US$ 300 milhões às FARC. Os documentos, aparentemente escritos por Reyes, indicam também que o presidente do Equador, Rafael Correa, tem fortes relações com o grupo guerrilheiro.

Entretanto, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, já está tomando medidas diplomáticas para tentar solucionar a crise que se instalou entre Colômbia, Equador e Venezuela.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo