Aeroportos, sistema de trânsito e telefonia não funcionam
Da Redação, com Reuters
A queda no abastecimento do sistema de energia da Venezuela, que começou na quinta-feira, 7, ainda não foi restabelecido. Esta segunda-feira, 11, marca o quinto dia de blecaute na maior parte do país.
“Não cozinhamos há uns três dias. Temos de nos contentar com algumas latas de presunto e atum e com refeições tão simples como biscoitos, salada, pão e presunto, pois esses alimentos não precisam ser armazenados na geladeira. O que estava na geladeira estragou”, explicou Soledad, uma moradora local.
No domingo, por volta do meio-dia, a energia voltou de maneira parcial ao Aeroporto Internacional Simon Bolivar. Alguns passageiros que ficaram presos por dias começaram a negociar com as empresas de linhas aéreas para que pudessem fazer o check-in. O fornecimento de energia, porém, continuava instável, mas as empresas disseram que permitiriam que os passageiros fizessem o check-in e reagendassem seus voos.
O sistema de trânsito também entrou em colapso: houve falhas no metrô e nas luzes dos semáforos. Muitas torres de transmissão de telecomunicações também pararam de funcionar. Não há sinais em muitos edifícios residenciais. As pessoas sequer conseguem fazer chamadas telefônicas.
As autoridades venezuelanas atribuem o problema ao que chama de sabotagem na usina hidrelétrica central do país na barragem de Guri, no sudeste da Venezuela, que abastece até 65% da energia hidrelétrica do país.
Especialistas apontam que o colapso no sistema de energia venezuelano é culpa dos anos de falta de investimento no setor elétrico por parte do governo.