Trata-se do 13º dia de protestos logo após o primeiro-ministro, Saad al-Hariri, renunciar ao cargo
Da redação, com Reuters
Na noite desta terça-feira, 29, a décima terceira noite de protestos, manifestantes tomaram as ruas do Líbano, um dia após a renúncia do primeiro-ministro, Saad al-Hariri.
Saad al-Hariri renunciou alegando ter atingido o que classificou como “beco sem saída” na tentativa de resolver uma crise desencadeada por enormes protestos contra a elite dominante e mergulhando o país em turbulências.
Hairi se dirigiu à nação após uma multidão leal ao Hezbollah, grupo islâmico xiita e movimentos de Amal atacarem e destruírem um campo de protesto montado por manifestantes antigovernamentais em Beirute.
Com o cair da noite, manifestantes voltaram à região central de Beirute com bandeiras e, aparentemente, sem se preocupar com a violência.
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A renúncia de Saad al-Hariri aponta o aumento de tensões políticas que podem complicar a formação de um novo governo capaz de colocar nos eixos a pior crise econômica do Líbano desde a guerra civil de 1975-1990.
O Líbano está paralisado desde o início desta onda sem precedentes contra a crescente corrupção da classe política.
“Observe o nível de desemprego e você saberá se eles [o governo] estão ou não fazendo o trabalho deles. Olhe para o estado da eletricidade e você verá se eles estão ou não fazendo seus trabalhos, vá para Maarad [centro de eventos Rachid Karameh], você verá se eles estão ou não fazendo seus trabalhos, vá para os escritórios de previdência social onde há oito funcionários para 400 mil pessoas com previdência social, você verá se eles estão ou não fazendo seu trabalho”, disse o professor universitário Ali Omar.