A ajuda emergencial destina-se especialmente aos cristãos da Síria, que permaneceram no país e vivem em condições precárias
Da redação, com AIS
A trágica situação em que se encontram milhões de pessoas no Oriente Médio, em particular na Síria, após quatro anos de guerra civil, levou a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) a lançar uma campanha de ajuda emergencial, sobretudo para as populações que vivem em condições muito precárias em Aleppo, Homs e Damasco.
Segundo a AIS, na Síria falta quase tudo e as populações que não fugiram e não se encontram em campos de refugiados, estão particularmente fragilizadas. “É para eles que se destina prioritariamente esta campanha, para se proceder à aquisição de alimentos, combustível, geradores, roupas quentes, medicamentos e bens de primeira necessidade”, explica o comunicado da fundação.
A AIS apoia comunidades religiosas que se encontram no país e que trabalham diretamente com as populações mais carentes. Serão eles os coordenadores na distribuição desta ajuda.
A diretora da Fundação AIS em Portugal, Catarina Martins, lança um apelo para que todos sejam generosos no auxílio a estes “nossos irmãos em sofrimento”.
“Num tempo tão adverso para os cristãos no Oriente Médio, é fundamental a nossa ajuda. Eles não estão abandonados à sua sorte. Não podemos ficar indiferentes ao que lhes está a acontecer. Nós queremos ser a ajuda preciosa de que estes nossos irmãos precisam tão urgentemente”, afirmou.
Apoio à campanha
Algumas dioceses já manifestaram a vontade de se unirem no apoio direto às comunidades cristãs perseguidas e em sofrimento na região. É o caso da Arquidiocese de Évora, em Portugal, onde a Fundação AIS abriu recentemente uma delegação.
O bispo local, Dom José Alves, decidiu que a renúncia quaresmal deste ano se destina a ajudar os cristãos perseguidos, sublinhando especialmente o drama vivido pelos que vivem no Oriente Médio.
“São muitos milhares, de todas as idades, incluindo crianças, e sofrem horrorosamente. Expulsos de suas casas ficam privados de tudo”, diz, na sua Mensagem Quaresmal, acrescentando: “reduzidos à miséria, morrem de fome e de frio, em situações verdadeiramente indignas de seres humanos”.
Também a Diocese de Portalegre-Castelo Branco decidiu, através do seu Bispo, Dom Antonino Dias, apoiar com a Renúncia Quaresmal os Cristãos perseguidos na região.
Na sua Mensagem, o prelado recorda que, “além dos massacres e do sofrimento que estão a viver”, os Cristãos “que conseguem sobreviver à perseguição continuam a necessitar de apoio para alimentação, medicamentos e a construção de casas e escolas nos campos de refugiados”.
Além disso, acrescenta, importa “não esquecer a ajuda às congregações e seminários” que estão no terreno a cuidar das vítimas, “para que também consigam sobreviver”.