O dia convocado pelo Papa Francisco irá refletir sobre o problema, considerado “uma das piores escravidões do século XXI”, que atinge cerca de 21 milhões de pessoas
Da redação, com Rádio Vaticano
No próximo dia 8 de fevereiro será celebrado o primeiro Dia Internacional de oração e reflexão sobre o Tráfico de seres humanos – tema várias vezes abordado pelo Papa Francisco desde o início do seu Pontificado.
A iniciativa é promovida pelos Pontifícios Conselhos dos Migrantes e da Justiça em parceria com a União Internacional dos Superiores Gerais dos institutos religiosos masculinos e femininos (Uisg e Usg). Será celebrada no dia em que Igreja recorda a Santa Josefina Bakhita – escrava sudanesa que se tornou religiosa canossiana e foi canonizada no ano 2000.
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Na próxima terça-feira, no Vaticano, acontecerá a coletiva de imprensa para a apresentação do Dia, que terá como tema “Acenda uma luz contra o tráfico”.
Participam da coletiva os presidentes e prefeitos dos dicastérios patrocinadores da iniciativa: Card. João Braz de Aviz (Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica), Card. Antonio Maria Vegliò (Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes) e Peter Kodwo Appiah Turkson (Pontifício Conselho da Justiça e da Paz). Também estará presente, entre outras irmãs, a coordenadora da rede internacional de religiosas contra o tráfico Thalita Kum, Ir. Gabriella Bottani, que trabalhou no Brasil.
O tráfico de seres humanos “é uma das piores escravidões do século XXI “ e “diz respeito a todo o mundo”, lê-se no comunicado dos religiosos. Citando dados da Organização Internacional do Trabalho e do Escritório da ONU contra a Droga e o Crime (Unodc), os religiosos lembram que cerca de 21 milhões de pessoas são vítimas do tráfico para diversos fins: exploração sexual, trabalho forçado, tráfico de órgãos, mendicância, servidão doméstica, matrimônio forçado e adoção ilegal. Cerca de 60% das vítimas são mulheres e menores.
O Dia mundial contra o Tráfico de 2015 insere-se ainda significativamente dentro do Ano dedicado à Vida Consagrada e será, portanto, de estímulo para todas as religiosas e os religiosos espalhados pelo mundo para lerem os “sinais dos tempos e a repensarem em termos proféticos o presente e o futuro da própria vida consagrada”.