Eventos climáticos dramáticos como verões quentes e secos são sinais preocupantes, afirma especialista
Da redação, com Reuters
O ano passado foi o quarto mais quente já registrado, estendendo um marco escaldante impulsionado pelas crescentes concentrações de gases de efeito estufa produzidos pelo homem, afirmou nesta segunda-feira, 7, o Serviço de Mudança Climática Copernicus, da União Europeia.
Em 2018, a temperatura média do ar na superfície global foi de 14,7 graus Celsius, 0,2 graus a menos do que em 2016, o ano mais quente já registrado, afirmou a organização no primeiro levantamento global de temperaturas baseado em dados coletados durante o ano inteiro.
O ano de 2016 foi influenciado pelo fenômeno El Niño que aqueceu a superfície do Oceano Pacífico.
“Em 2018, nós vimos novamente um ano muito quente, o quarto mais quente já registrado”, disse Jean-Noël Thépaut, chefe do Serviço de Mudança Climática Copernicus, em comunicado.
“Eventos climáticos dramáticos como os verões quentes e secos em grandes partes da Europa ou a crescente temperatura ao redor das regiões do Ártico são sinais preocupantes para todos nós”, acrescentou.
Aproximadamente 200 países firmaram um “guia de regras” para cumprir o acordo climático de Paris durante conversas na Polônia no mês passado, mas críticos disseram que a medida é insuficiente para impedir que o mundo chegue a níveis perigosos de aquecimento global.
O acordo de Paris de 2015 visa encerrar a era do combustível fóssil neste século, passando para energias mais limpas como a eólica ou solar.
O relatório do Copernicus confirma projeções feitas pela Organização Meteorológica Mundial, da ONU, em novembro, de que 2018 seria o quarto ano mais quente, após um início de temperaturas mais baixas.