11 de setembro

10 anos depois dos atentados, americanos superam dor com amor

Diante de uma tragédia sem precedentes, a comunidade de Nova York e todos as norte-americanos mostraram que o que ficou em seus corações, 10 anos depois dos atentados de 11 de setembro, é o amor, aquele que dá a vida pelo próximo e consola no momento de dor. Foi o que destacou o Arcebispo de Nova York e Presidente da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos, Dom Timothy M. Dolan em entrevista à Rádio Vaticano.

“Os cidadãos de Nova York, em particular, não permaneceram ligados à dor e ao ódio, mas logo depois dos atentados começaram a ajudar e a consolar todos aqueles que precisavam. Aquilo que celebramos é o amor que nasceu em tatos casos ao ponto de levar ao sacrifício da própria vida, penso sobretudo nos bombeiros, agente policiais e socorristas”, disse o arcebispo.

Dom Dolan salienta que muitos homens e mulheres de fé diante de tal tragédia se perguntaram: “Como Deus quer que reajamos diante de tal insensata violência tão contrária ao amor que Deus nos ensinou?”. Segundo o arcebispo, os novaiorquinos responderam a essa pergunta com uma solidariedade extraordinária até o extremo sacrifício.

“Todos estavam unidos para cuidar dos atingidos por esta tragédia, dando assistência àqueles que sofriam. Essa era a prioridade da comunidade da cidade de Nova York”, conta.

Para o Arcebispo de Nova York, a coisa mais importante que a Igreja pode dar é a fé, a esperança e a caridade.

“A comunidade católica de Nova York deu isso em abundância. Ela ajudou as pessoas material e espiritualmente, ajudou a curar os corações, a perdoar, ajudou as pessoas a recuperar a esperança num momento de desespero e ensinou que vingança é inútil e que a verdadeira indignação – aquela justa, a indignação que se levanta contra o mal – leva a reconciliação, ao renovamento e a reconstruir”, afirmou.

Segundo ele, o melhor modo de vingar o terrorismo é mostrar que nada, absolutamente nada, pode destruir o espírito que está dentro do povo de fé e que vive no povo americano, espírito esse que o leva a sustentar aqueles que sofrem, a reconstruir aquilo que lhes é querido, a chorar com dignidade pelos mortos e ajudar suas famílias a refazer a vida.

“Uma tragédia pode unir ou dividir, aproximar ou afastar de Deus, fazer emergir aquilo que é nobre ou aquilo que é desprezível num ser humano. Eu acredito que um dos sentimentos mais difundidos hoje na cidade de Nova York é que o 11 de setembro deste ano não é só uma ocasião para recordar os mortos, mas também para render graças a Deus, porque – para a maioria dos cidadãos – o 11 de setembro fez emergir o melhor desta comunidade”, destaca.

Assim, para o arcebispo, o 11 de setembro gerou sentimentos de amor e atitudes maravilhosamente heróica de resgate e recuperação, coisas que se deve render graças.


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