A três meses da JMJ 2019, jovens falam sobre expectativas e preparativos

Evento que começará no dia 22 de janeiro de 2019 mobiliza jovens brasileiros que buscam mais experiências em Jornadas Mundiais da Juventude

Julia Beck
Da redação

Brasileiro Gabriel Sawaf ao final da JMJ Cracóvia 2016, após o anúncio da JMJ Panamá 2019/ Foto: Gabriel Sawaf/ Arquivo Pessoal

Nesta segunda-feira, 22, dia em que a Igreja celebra São João Paulo II — Papa que instituiu a Jornada Mundial da Juventude —, o Panamá contabiliza três meses para a JMJ 2019. O evento, que acontecerá de 22 a 27 de janeiro do próximo ano, já é muito esperado pelos jovens do Brasil e do mundo. A paulista Francieli Cristine, o curitibano Gabriel Sawaf  e a brasiliense Lorena Bittencourt são exemplos de brasileiros que estão na reta final dos preparativos para viver esta experiência que une a juventude católica.

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Embora de localidades diferentes, Francieli, Gabriel e Lorena escolheram participar da JMJ Panamá 2019 motivados por um ponto em comum: já terem participado de jornadas anteriores. “Uma jornada motiva a outra”, afirmou o curitibano. Com 23 anos, o jornalista Gabriel reúne experiências de sua participação na JMJ Rio 2013 e na JMJ Cracóvia 2016. “A jornada proporciona comunhão com Cristo e com milhões de pessoas. É algo que eu guardo com muito carinho e quero sempre viver. Estou indo ao Panamá justamente por isso”, frisou o jovem.

Lorena Bittencourt/ Foto: Arquivo Pessoal

A auxiliar administrativa, Francieli, e a profissional de comércio exterior, Lorena, assim como Gabriel, tiveram sua primeira experiência com a Jornada Mundial da Juventude quando ela foi realizada no Brasil, em 2013. Na época, paulista e brasiliense não se conheciam e foram, juntas, voluntárias na JMJ Rio. “Ficamos muito amigas e é uma amizade muito bacana”, recordou Francieli.

Segundo a paulista, que terá sua primeira experiência como peregrina no Panamá, assim que foram abertas as inscrições para a JMJ 2019, procurou Lorena para que pudessem participar juntas do evento.

De acordo com Lorena, além de Francieli, o grupo que seguirá rumo ao Panamá também é composto por mais duas pessoas, que também foram voluntários na JMJ do Rio de Janeiro. Lorena revelou que esta será a primeira viagem que o quarteto organiza de forma independente e que terá como primeira experiência a participação na Pré-JMJ. “Estou com muita expectativa para este primeiro momento, porque nunca participei”, revelou. A Pré-Jornada será realizada de 16 a 20 de janeiro nas comunidades locais da Costa Rica. Os jovens serão envolvidos em atividades nas dioceses para conhecerem mais sobre a Igreja dos países da América Central.

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Francieli Cristine/ Foto: Arquivo Pessoal

Francieli conta que a viagem é apoiada por toda a sua família, que inclusive a tem ajudado financeiramente para participar desta JMJ. “Quando a minha família soube do meu interesse de ir ao Panamá, me incentivaram e me deram total apoio. Familiares têm me ajudado financeiramente para que eu possa ir ao Panamá, e tudo tem sido providência”, contou.

Gabriel, que irá ao Panamá com sete jovens do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, de Curitiba, revelou que desde outubro de 2017 o grupo realiza ações para arrecadar o valor necessário para a realização da viagem. A venda de brigadeiros na porta da Igreja é a principal delas, e mobiliza os familiares do grupo, inclusive a mãe de Gabriel.

Cheios de expectativas para o evento, Gabriel, Francieli e Lorena apontaram a vigília e a missa com o Papa Francisco como os momentos mais esperados. “A vigília é o momento mais especial e marcante pra mim, o coração chega nas alturas ao ter esse momento íntimo com Jesus”, opinou o curitibano.

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Experiência

“A JMJ do Rio foi um marco na minha vida. Foi uma experiência que me ajudou muito a amadurecer na fé. (…) Muitos dizem que nós, jovens que estamos na Igreja, somos desanimados, mas é porque nunca participaram de uma JMJ. Aonde tem jovens, tem alegria”, afirmou Lorena. Para a brasiliense, a JMJ proporciona aos jovens a percepção da fé católica em outros lugares que não a do seu país de origem, reúne jovens do mundo inteiro para testemunharem o poder do amor de Deus, a união e a alegria, além de proporcionar um maior contato com o Papa. “Vemos a preocupação dos Papas, desde São João Paulo II, de estarem presentes neste evento voltado para os jovens”, recordou.

Para Francieli, todo jovem que puder deve vivenciar a experiência de participar de uma JMJ. “Com certeza ele [jovem] não se arrependerá porque é uma experiência muito marcante. Vivenciamos o amor ao próximo, a união e a unidade. Mesmo que seja trabalhoso juntar dinheiro e se organizar para ir, no final compensa viver essas experiências, conhecer novas culturas, ser independente e sair da sua zona de conforto”, comentou.

Gabriel Sawaf/ Foto: Arquivo Pessoal

“O que mais me atrai para participar da jornada é estar envolvido com pessoas de culturas diferentes, de realidades diferentes, modos de viver diferentes, mas com a mesma fé”, frisou Gabriel. Segundo o jornalista, o evento faz com que o jovem perceba que a Igreja está com ele. “Na minha opinião, a JMJ é o maior evento que a Igreja Católica promove hoje, porque não consigo me lembrar de nenhum outro. Um evento que reúne tantas pessoas e momentos marcantes com o Papa, não consigo lembrar disso em lugar nenhum, e ele é dedicado ao jovem”, opinou o curitibano que concluiu: “Ter a experiência do Papa falando diretamente com você e para você é marcante e acho que é isso que eu mais espero da jornada”.

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