Evacuação

Vulcão Nyiragongo: Igreja mobiliza ajuda para população afetada

Igreja na República Democrática do Congo realiza coleta, de 6 a 13 de junho, para ajudar vítimas após a erupção do vulcão Nyiragongo

Da Redação, com Agência Fides

Imagens aéreas mostram fumaça na região após erupção do vulcão em 23 de maio / Foto: Reprodução Reuters

“A situação parece em via de estabilização, mas as autoridades ainda não deram autorização para a população voltar às suas casas”. O relato é da missionária leiga Luisa Flisi, que há anos trabalha com os missionários xaverianos em Goma.

A cidade é a capital de Kivu do Norte, no leste da República Democrática do Congo. Está ameaçada pelo avanço da lava do vulcão Nyiragongo. Em 22 de maio, o avançar da lava destruiu 17 vilas, matando cerca de 30 pessoas. Um primeiro balanço aponta ao menos 1500 casas destruídas.

O Papa Francisco rezou pelas vítimas. “Rezemos também pela população da cidade de Goma, na República Democrática do Congo, obrigada a fugir devido à erupção do grande vulcão Nyiragongo”, disse após a oração do Regina Coeli de 23 de maio.

Já em 27 de maio, as autoridades decidiram evacuar diversos bairros de Goma, temendo que o fluxo da lava atingisse a cidade. “Felizmente a lava parou, ao menos por hora”, afirma Luisa.

Ajuda à população

Luisa conta que também eles foram evacuados e acolhidos por algumas irmãs de Parma, nos arredores de Goma. Os deslocados foram acolhidos em diversos locais da República Democrática do Congo ou atravessaram a fronteira com Ruanda. Neste local, as autoridades colocaram à disposição tendas, comida e itens de primeira necessidade.

“O vulcão está sempre ativo e, de vez em quando, a lava transborda, às vezes, com consequências dramáticas. Como em 2002, quando o fluxo atingiu Goma provocando uma centena de mortos e diversos danos aos edifícios, entre os quais a Catedral. Também a nossa missão foi danificada”, recorda a missionária.

Para ajudar as vítimas, a Igreja da República Democrática do Congo organizou uma coleta especial. Será de 6 a 13 de junho. Em Goma, há escassez de eletricidade e água potável e o receio de uma epidemia de cólera. De acordo com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), pelo menos 350 mil deslocados de Goma precisam de assistência urgente.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo