O navio-hospital militar italiano “Vulcano” atraca no porto italiano de La Spezia transportando um segundo grupo de crianças feridas e doentes de Gaza
Da redação, com Vatican News
Chegada de crianças palestinas para tratamento de saúde na Itália / Foto: Reprodução Christian Media Center Youtube
O navio partiu na sexta-feira passada de Al Harish, no Egito, para onde as crianças foram levadas após cruzarem a fronteira de Rafah. Receberam-nos no cais na segunda-feira, 5, o ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, e o Vigário da Custódia da Terra Santa, padre Ibrahim Faltas, que esteve envolvido no projeto desde o início, coordenando com Instituições egípcias, palestinas e israelenses para superar vários desafios logísticos.
O Vigário da Custódia da Terra Santa, padre Ibrahim Faltas / Foto: Reprodução Youtube
A ‘melhor face’ da Itália
O Padre Faltas expressou alegria e tristeza, afirmando: “É um dia de grande alegria pelo sucesso desta operação, mas também de profunda tristeza por ver as condições miseráveis em que estas crianças chegaram; e as ambulâncias os transferiram imediatamente para os hospitais mais próximos que participam da operação: o Meyer em Florença e o Gaslini em Gênova.
“Mais uma vez, a Itália mostrou a sua melhor face e o seu compromisso com a ajuda humanitária, e por isso quero agradecer ao Ministro Tajani, representando todos, juntamente com todas as autoridades militares e civis que colaboraram”, disse padre Faltas.
Início de uma operação em maior escala
O Vigário da Custódia da Terra Santa também partilhou sua esperança de expandir a operação, considerando o elevado número de crianças em Gaza que necessitam de cuidados médicos urgentes.
Acolhendo com satisfação a vontade de participar manifestada por muitos outros hospitais italianos, reconheceu que estas crianças recebidas inicialmente podem ser apenas o início de uma operação em maior escala. Os bombardeios em curso na parte sul da Faixa de Gaza e sua extensão até Rafah tornam a situação mais desafiadora.
Expressando intensa emoção, padre Ibrahim continuou: “Esta manhã, vivi momentos de intensa emoção, vendo o filho mais novo de apenas 4 meses e um de 18 meses que chegaram aqui sozinhos porque perderam todos. Muitos foram resgatados dos escombros de suas casas. Infelizmente, nenhum dos operadores falava árabe, então eles rapidamente se apegaram a mim e não queriam que eu fosse embora. Um pequenino me chamou de ‘pai’. É absolutamente necessário continuar esta operação; ainda há muito sofrimento em Gaza que precisa de atenção.”
O grupo de crianças hoje se junta ao que chegou no dia 29 de janeiro de avião ao aeroporto de Ciampino, em Roma.
As crianças foram transferidas para vários hospitais pediátricos em todo o país, incluindo os já mencionados Meyer e Gaslini, bem como o Hospital Rizzoli em Bolonha e o Bambino Gesù em Roma, que fizeram a triagem e recepção inicial.
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