Foi celebrado, no Vaticano, no Segundo Domingo da Páscoa, a Divina Misericórdia e o segundo dia do Novenário, a celebração que ocorreu na Praça São Pedro contou com a presença dos participantes do Jubileu dos adolescentes.
Reportagem de Danúbia Gleisser e Leonardo Vieira
No final da tarde da Festa da Misericórdia, os cardeais presentes em Roma, foram à Basílica Santa Maria Maior, que agora guarda os restos mortais do Papa Francisco, para celebrar a segunda véspera. A oração foi conduzida pelo Cardeal Rolandas Makrickas.
Durante o momento oracional, os peregrinos visitavam o túmulo do Papa, localizado próximo ao Ícone Salus Populis Romani, Maria protetora do povo Romano.
A oração ressoou como o canto novo, que foi o convite da música, que pela manhã, abriu a missa do segundo dia do novenário pela alma de Francisco e o dia dedicado à Divina Misericórdia. Na esperança que brota deste dia, o colorido dos adolescentes, que estavam na Praça São Pedro para viverem seu Jubileu. De acordo com o Vaticano, 200 mil fiéis estiveram na cidade.
A missa foi presidida pelo Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano. Em sua homilia lembrou que os apóstolos, trancados no cenáculo, se sentiam perdidos, ameaçados e indefesos. Essa imagem representa o estado de espírito de muitos de nós com a partida do Santo Padre. “O Pastor que o Senhor deu ao seu povo, o Papa Francisco, terminou a sua vida terrena e nos deixou”, disse ele.
Nestes momentos de escuridão, o Senhor vem a nós com a luz da ressurreição para iluminar os nossos corações, disse o cardeal, recordando que os se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento.
Os adolescentes vieram para o jubileu e aguardavam a canonização do Beato Carlo Acutis, que devido ao Falecimento de Francisco foi adiada. O cardeal Parolin desejou a eles, que se sintam abraçados pela Igreja e pelo carinho do Papa Francisco que, faria questão de estar ali, olhar nos olhos de cada um e passar entre eles.
Entre as 200 mil pessoas na Praça estava o brasileiro Emanuel José, de 13 anos, devoto de Carlo Acutis. Ele partilhou o que o futuro Santo trouxe para sua vida. “Ele era um jovem como eu… se ele conseguiu alcançar a santidade imagine eu acho que vou conseguir também”, contou o peregrino no Brasil, Emanuel José Coêlho de Resende Santos.
Aos jovens Pietro Parolin orientou, a sempre olhar para Cristo: “Diante dos muitos desafios que estais chamados a enfrentar. Recordo, por exemplo, o da tecnologia e da inteligência artificial, que caracteriza particularmente a nossa época. Nunca esqueçais de alimentar a vossa vida com a verdadeira esperança, que tem o rosto de Jesus Cristo”, declarou Parolin. “Aquilo que o Papa Francisco nos dizia sempre que pronunciava a palavra juventude que é a palavra esperança e aqui tivemos uma manifestação deste rosto jovem alegre e portanto de uma igreja cheia de esperança”, concluiu o Patriarca de Lisboa, Dom Rui Valério.
Para estes adolescentes, a esperança da ressurreição e a alegria jubilar é motivação para seguir em frente.