Declaração partiu do arcebispo Auza, Observador Permanente da Santa Sé para as Nações Unidas, em um encontro em Nova Iorque
Da redação, com Vatican News
Em um encontro organizado em Nova Iorque pelas Nações Unidas, o arcebispo Bernadito Auza, Observador Permanente da Santa Sé, declarou que a Igreja está preocupada os fluxos ilícitos financeiros (ICC, na sigla em inglês). O órgão afirma que este é um mal que facilita o desenvolvimento do tráfico humano e o tráfico de órgãos, trabalho forçado, exploração sexual e exploração ilícita de recursos naturais.
Segundo o arcebispo, este fluxo ilícito de recursos é um desafio a ser encarado pelo desenvolvimento, pois desvia recursos que poderiam ser gastos com o público, privam os países em desenvolvimento dos recursos necessários para fornecer serviços públicos, financiam programas de redução da pobreza e melhoram a infraestrutura.
Esses recursos ilegais ainda encorajam as atividades criminais e minam a estabilidade política e legal do país. A sua prevalência generalizada indica, na verdade, a presença de crime transnacional, corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fiscal, instituições fracas e falta de responsabilização.
O diplomata da Santa Sé expressou preocupação especial com a ligação dos IFFs com o tráfico humano. Os rendimentos ilícitos de trabalho forçado e exploração sexual geram mais de US $ 150 bilhões por ano, e os lucros do tráfico ilícito de órgãos são estimados em mais de US $ 1,2 bilhão.
“O tráfico de seres humanos é, de fato, um dos geradores mais significativos de produtos criminosos do mundo”, disse o arcebispo Auza.