Declaração de Dom Paul Gallagher, secretário para as Relações com os Estados, foi lida por Francesca Di Giovanni na 3ª Conferência Internacional sobre Segurança Nuclear
Da redação, com Vatican News
Um esforço coletivo para melhorar a segurança nuclear em nível global, monitorando ameaças e implementando medidas concretas para proteger-se contra atos mal-intencionados que envolvam materiais nucleares ou radioativos perigosos. Este foi o pedido da Santa Sé por ocasião da terceira Conferência Internacional sobre Segurança Nuclear, em andamento em Viena até a próxima sexta-feira, 14, promovida pela AIEA, a Agência Internacional de Energia Atômica.
A declaração em nome do arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário para as Relações com os Estados, foi lida por Francesca Di Giovanni, subsecretária do Setor multilateral da Seção de Relações com os Estados. “Os esforços para garantir a segurança nuclear foram significativamente aprimorados graças às estratégias da AIEA”, explicou a subsecretária.
Tais esforços, insistiu Di Giovanni, devem continuar, porque a promoção da segurança nuclear deve enfrentar desafios significativos, entre os quais as ações limitadas, insuficientes e muitas vezes paralisadas para impedir a proliferação e avançar para um mundo livre de armas nucleares.
“Os objetivos mais amplos do desarmamento nuclear e os usos pacíficos das tecnologias nucleares dependem, enfatizou a representante do Vaticano, assim como o “sucesso da Agência no cumprimento de suas responsabilidades, do compromisso dos Estados-Membros de respeitar suas obrigações legais e éticas”.
A subsecretária Di Giovanni falou do constante esforço da Santa Sé em apoiar os esforços da comunidade internacional na promoção da paz e da segurança, a fim de promover um clima de confiança. Francesca citou as palavras do Papa Francisco na mensagem de 2017 enviada à Conferência das Nações Unidas sobre o problema das armas nucleares:
“Um análogo motivo de preocupação surge quando se examina o desperdício de recursos gastos em questões nucleares para fins militares, que poderiam ao contrário serem usados para prioridades mais nobres, como a promoção da paz e o desenvolvimento humano integral, bem como a luta contra a pobreza e a implementação da Agenda para o desenvolvimento sustentável”.
Ao expressar a gratidão da Santa Sé à AIEA, a subsecretária reafirmou seu “apoio inabalável” à não proliferação e ao desarmamento nuclear, bem como ao desenvolvimento e funcionamento pacífico das tecnologias nucleares.