Investigação

Relíquia de São João Paulo II foi roubada na catedral de Spoleto

“Um ato grave que fere a sensibilidade e a devoção de muitas pessoas”, disse Dom Boccardo após o roubo da ampola que continha gotas de sangue do Papa Wojtyla

Vatican News

A relíquia de São João Paulo II foi roubada nesta quarta-feira, 23, na Catedral de Spoleto, situada na região da Úmbria, na Itália. O arcebispo de Spoleto-Norcia, Dom Renato Boccardo, fez um apelo para que a relíquia “ex sanguine” de São João Paulo II seja restituída. Era conservada e venerada na Capela do Crucifixo da catedral de Spoleto. “Na hora de fechar a Igreja, a sacristã percebeu que a relíquia tinha sido roubada”, ressalta um comunicado da arquidiocese.

A Cúria Arquiepiscopal chamou imediatamente a Polícia Militar de Spoleto, que está fazendo as investigações, visualizando também as imagens do sistema de videovigilância. Assim que soube da notícia, Dom Boccardo manifestou consternação e pesar por este gesto sacrílego, interpretando os sentimentos dos fiéis que mantêm viva a memória e têm grande devoção ao Papa Wojtyla.

Um gesto imprudente

Numa videomensagem, o prelado define o roubo “como um ato grave que fere a sensibilidade e a devoção de muitas pessoas”. “Espero que seja um ato de superficialidade, não com a intenção de ofender a sensibilidade dos fiéis”, disse ele. “Também espero que este ato imprudente não tenha sido feito com fins lucrativos”, ressaltou.

A relíquia de São João Paulo II roubada é uma ampola com gotas de sangue colocada num relicário dourado. Foi doada à Igreja de Spoleto-Norcia em 28 de setembro de 2016 pelo arcebispo emérito de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz. A relíquia deveria ser transferida para a nova igreja de São Nicolau, em Spoleto, dedicada ao Papa polonês, cuja consagração está prevista para 22 de outubro próximo.

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