Enquanto muitos ainda dormem, um grupo de fiéis desperta na madrugada para rezar o Santo Rosário. A prática penitencial, vivida durante a Quaresma, atrai devotos de Nossa Senhora e reacende a fé de muitos católicos.
Reportagem de Matheus Alves e Ederaldo Paulini
O dia começou com a oração do Santo Rosário da Madrugada, em que peregrinos entregaram a Deus pedidos e intenções do coração.
A Terça-feira Santa contou também com pregações e partilhas da Palavra de Deus. Maria foi lembrada como exemplo de Fé e amor incondicional a seu Filho. “A cheia de Graças, ou seja, é a única pessoa no mundo que recebeu todas as graças, ela é a medianeira de todas as graças porque Deus sabia que ela tinha um coração que sempre confiaria em Deus, mesmo na dor”, disse o vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias, padre Ricardo Rodolfo.
“Todo cristão precisa compreender que Deus nos permite passar por dores, enfermidades, sofrimentos, tribulações, mas Ele não dá uma cruz maior que nós possamos carregar, e Maria desde do anúncio do anjo até aos pés da cruz da Jesus ela foi fiel e foi até o fim. Então qual que é a dinâmica e a direção dessa pregação, não desistirmos de estarmos com Jesus na alegria, mas também no sofrimento”, completou o padre Ricardo.
No terceiro dia de acampamento, peregrinos de todo Brasil meditaram a simbologia da última ceia. Momentos de profunda espiritualidade intensificaram a preparação para a vivência do Tríduo Pascal. “A gente sente um estado de conversão aqui, então se sente uma mudança, e eu creio que não só eu, mas muita gente que entrou aqui, que vai permanecer essa semana inteira aqui, não vai sair do jeito que entrou”, contou o peregrino Antônio Luís Sena.
Frei Gilson invocou uma multidão de adoradores e meditou a respeito da profecia de Jesus sobre sua morte e a traição de Judas, além da negação de Pedro. “O salário do pecado é a morte, o salário da traição a Cristo é a morte. Que essa pregação gere um temor na nossa alma, de não trair o Nosso Senhor”, pregou Frei Gilson.
“A gente se sente revigorado, transformado, inundado mesmo no coração, de tanto amor que Deus passa para nós aqui, em comunhão, junto com todos os irmãos”, concluiu a peregrina Rosana Ribeiro Pereira.
A hora da misericórdia é sinônimo de recomeço, reencontro com o Senhor e esperança de ressurreição.