O secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, desembarcou ontem em Juba, num ambiente festivo com cânticos e danças
Da Redação, com Vatican News
O secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, segue sua viagem à África, enviado pelo Papa Francisco. Nesta terça-feira, 5, ele desembarcou em Juba, no Sudão do Sul, e, ainda no avião, se encantou com o acolhimento da população: “Que bela recepção”.
No ambiente, destacavam-se crianças dançando com instrumentos de palha nas mãos, além de grupos de freiras com lenços brancos acenando cartazes dizendo “Bem-vindo ao Sudão do Sul”. Ao pé da escada do avião, esperavam por Parolin o núncio apostólico, o alemão Hubertus Mathews Maria van Megen, o Cardeal Gabriel Zubeir Wako, arcebispo emérito de Cartum, e vários bispos de batina branca, inclusive Dom Christian Carlassare, missionário vicentino bispo de Rumbek.
Após passar entre os grupos de boas-vindas, saudou brevemente o assessor do governo, general Kuol Manyang Juuk, que tinha vindo recebê-lo em nome do Presidente Salva Kiir.
Na parte da tarde, Parolin se encontrou com o presidente e, logo em seguida, o encontro com o primeiro vice-presidente, Riek Machar, e depois com a Conferência episcopal. Na ocasião, ele falou que ficou impressionado com esta recepção incrível e expressou sua gratidão a cada um, ao presidente da República, aos representantes da Igreja, a toda a população do Sudão do Sul.
“É uma grande alegria para mim estar aqui e estar aqui por alguns dias para celebrar, rezar, encontrar pessoas”, e fazê-lo “em nome do Santo Padre, o Papa Francisco, que sempre os leva em seu coração, se preocupa com a paz e a reconciliação no Sudão do Sul e acompanha os bons desenvolvimentos nas relações”.
Pobreza
O cardeal transferiu-se para a Nunciatura Apostólica, um edifício alugado por enquanto. Ele abençoará, nos próximos dias, a pedra fundamental da nova “casa do Papa” no Sudão do Sul. A transferência foi feita em um jipe, o único modelo de carro capaz de percorrer estas estradas acidentadas de terra vermelha.
No caminho, uma “grande periferia” de edifícios dispostos de forma desorganizada, ao pé dos quais, no acostamento da estrada, se encontram barracos feitos de madeira, palha e zinco. Quando os carros com a bandeira branca-amarela do Vaticano passaram, as pessoas se voltaram para olhar e as crianças acenaram.
A esta população sofredora, não só por causa das condições de vida, mas também por causa da instabilidade gerada pelas guerras e pela violência que se instalaram nestas áreas durante anos, Parolin levou o carinho do Papa Francisco.
Um percurso não muito longe, um trajeto, no entanto, suficiente para ter restituída completamente a imagem de extrema pobreza na qual a cidade africana se encontra.