Falando aos participantes da COP27, conferência sobre o impacto das mudanças climáticas, o cardeal afirmou que diversos fatores
Da redação, com Vatican News
Crise alimentar e crise hidríca estão intrinsicamente ligadas às mudanças climáticas, afirmou o cardeal Parolin / Foto: Andreas por Pixabay
O cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé, discursou nesta terça-feira, 8, na COP27, a conferência sobre o clima organizada pela ONU, sobre segurança alimentar e hídrica.
Parolin enfatizou a estreita relação entre a segurança alimentar e hídrica, por um lado, e questões como a guerra, o clima e a desigualdade econômica, por outro, antes de apresentar várias propostas para enfrentar esses problemas.
Interconexão
O tema principal dos discursos do Cardeal Parolin — a respeito da segurança alimentar e a segurança hídrica — foi a estreita ligação desses assuntos com outras grandes questões globais. Essa interconexão é um tema-chave da carta encíclica de 2015 do Papa Francisco sobre o meio ambiente, Laudato si’.
O cardeal deu início ao seu discurso sobre segurança alimentar observando que “a fome e a desnutrição estão aumentando devido a guerras e conflitos, crises climáticas, rupturas de mercado, desigualdade, falta de vontade de compartilhar recursos e conhecimentos e negligência da natureza. Tudo isso está interligado”, ponderou.
Acrescentou ainda que “as mudanças climáticas afetam o funcionamento de todos os componentes dos sistemas alimentares, muitas vezes de maneira que exacerbam as desigualdades entre regiões do mundo e grupos da sociedade, além de impactar negativamente mulheres e crianças”.
Da mesma forma, em seu discurso sobre segurança hídrica, o cardeal Parolin sublinhou que, “como um insumo fundamental para a produção de alimentos, a água também é essencial para o funcionamento dos sistemas alimentares”.
“Não podemos ignorar essa ligação direta entre as crises alimentares e a crise climática. A segurança hídrica pode e deve desempenhar um papel essencial nas políticas climáticas e deve ser incluída nas estratégias climáticas nacionais”, afirmou.
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