Religiosa está no Haiti há sete anos e destaca proximidade de Francisco; Pontífice pediu pela paz no país neste Domingo de Páscoa, 4
Da redação, com CNBB
A presença profética do Papa reacende a esperança no Haiti. É o que afirma a brasileira, Irmã Ideneide do Rego. Carmelita da Divina Providência, a religiosa é missionária no Haiti há sete anos.
Neste domingo de Páscoa, 4, quando Francisco pediu pela paz no país, Irmã Ideneide comentou sobre a atenção do Santo Padre ao Haiti.
Mensagem Urbi et Orbi
Ao fazer suas felicitações de Páscoa na mensagem Urbi et Orbi, o Pontífice mencionou alguns países que passam por momentos de dificuldades ou conflitos. De todo o continente americano, a nação citada foi o Haiti.
“E é precisamente para o querido povo haitiano que, neste dia, vai o meu pensamento e encorajamento a fim de não se deixar vencer pelas dificuldades, mas olhar para o futuro com confiança e esperança”, disse o Santo Padre.
O Papa afirmou que seu pensamento neste domingo estava especialmente voltado para os haitianos. “Manifesto minha proximidade e gostaria que os problemas se resolvessem definitivamente para vocês. Rezo por isso, queridos irmãos e irmãs haitianos.”
Experiência no país
Durante estes sete anos no país, a missionária afirma que esta é maior experiência de violência que tem vivenciado. População enfrenta onda de sequestros, assassinatos e perseguição.
“Dentro desta realidade, o povo haitiano, os pobres são os mais atingidos, aumentando ainda mais a miséria. Outro dia uma pessoa falava: o Haiti acabou. O Haiti é um país esquecido”.
Atenção do Papa
“O Papa consegue atingir toda esta realidade. Reacender a esperança das pessoas”, comenta a religiosa. “Celebrando a Páscoa de Jesus, penso que nosso querido Papa, através do seu testemunho, é o Papa da compaixão”.
Para a missionária, o Pontífice tem esta capacidade de descer no porão da humanidade, de ir ao encontro do caído. “É isto de que o povo haitiano precisa, de saber que não está abandonado, de que Deus caminha conosco”.
Igreja no Brasil
No Haiti, há mais de 10 anos a Igreja brasileira mantém um projeto intercongregacional junto à população mais pobre da capital Porto Príncipe.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cáritas Brasileira e a Conferência dos Regiosos no Brasil (CRB Nacional) se organizaram logo após o terremoto de 2010 e enviaram um grupo de missionárias que ali se estabeleceu.