Na ocasião, o Papa Francisco entregará o Pálio aos novos arcebispos, dentre os quais, dois brasileiros nomeados recentemente
Da redação, com Boletim da Santa Sé
A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou nesta segunda-feira, 5, que o Papa Francisco presidirá a Santa Missa da Solenidade de São Pedro e São Paulo.
A tradicional celebração, que acontece no dia 29 de junho, está marcada para às 9h30 (hora local – 14h30, em Brasília), na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Os Apóstolos São Pedro e São Paulo são os padroeiros principais da Igreja de Roma. Nesta ocasião, a Missa é concelebrada pelos novos arcebispos metropolitanos do mundo todo, nomeados pelo Santo Padre ao longo do ano.
Na celebração, os arcebispos recebem o Pálio das mãos do Pontífice. Daqui do Brasil, estarão presentes o arcebispo de Teresina (PI), Dom Juarez Souza da Silva, e o arcebispo de Montes Claros (MG), Dom José Carlos de Souza Campos.
O pálio arquiepiscopal é a insígnia do arcebispo e é um sinal de comunhão com o sucessor de Pedro. Trata-se de uma faixa de lã branca com seis cruzes pretas de seda.
História
Originalmente, o pálio era o manto usado pelos filósofos e, na arte paleocristã, eram pintados neste “manto” Jesus e os apóstolos . Esta prática foi posteriormente adotada também pela Igreja Cristã, com um uso semelhante ao do omoforion (uma tira de pano), muito mais larga que o pálio, atualmente usada pelos bispos ortodoxos e pelos bispos católicos orientais de rito bizantino.
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O pálio era originalmente uma única tira de pano enrolada nos ombros e caída no peito na altura do ombro esquerdo; nos primeiros séculos do cristianismo foi trazido por todos os bispos.
Podemos ver nas iconografias que representam os primeiros bispos e santos, como Santo Ambrósio, Santo Atanásio, São João Crisóstomo, Santo Inácio de Antioquia, São Hilário e outros.
O primeiro caso conhecido de imposição do pálio a um bispo remonta a 513, quando o Papa Simmaco concedeu o pálio a São Cesário, bispo de Arles.
A partir do século IX reduziu-se ao formato atual de “Y”, com as duas extremidades descendo abaixo do pescoço até o meio do peito e nas costas e se tornando a marca registrada dos arcebispos metropolitanos que o obtiveram pelo papa. O Papa João Paulo II, por ocasião da noite de Natal de 1999, abertura do Jubileu de 2000, usava um omoforion com cruzes vermelhas.