Dom Gregório Paixão foi transferido da diocese de Petrópolis (RJ) para Fortaleza (CE), onde sucederá Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, que se torna emérito
Da Redação, com CNBB
Novo arcebispo de Fortaleza (CE), Dom Gregório Paixão / Foto: Canção Nova
Novidades na arquidiocese de Fortaleza (CE): o novo arcebispo, nomeado pelo Papa Francisco, é Dom Gregório Ben Lâmed Paixão, atualmente bispo de Petrópolis (RJ). A nomeação foi divulgada pelo Vaticano nesta quarta-feira, 11, e se deu após o Papa aceitar a renúncia de Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques por motivo de idade.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) agradeceu a Dom José Antonio Aparecido por sua dedicação a serviço da Igreja no Brasil, principalmente na região Nordeste. “Que, nesta nova fase de seu ministério, o irmão continue servindo com sabedoria e plena consciência de que a emeritude é um momento novo e rico para sua missão não Igreja. Rogamos a Nossa Senhora da Assunção, padroeira da arquidiocese de Fortaleza, que interceda a Cristo pela sua vida.”
A entidade também saudou Dom Gregório Paixão pela nova missão que lhe foi confiada pelo Pontífice. “Expressamos os parabéns e o desejo de um frutuoso ministério no seu retorno à sua região de origem, o Nordeste, e ao regional Nordeste 1 da CNBB.”
Trajetória eclesial de Dom Gregório Paixão
Dom Gregório é natural de Aracaju, Sergipe, e tem 58 anos de idade. Estudou Filosofia e Teologia na Escola da Congregação Beneditina do Brasil. Foi ordenado padre em 21 de março de 1993 na cidade de Salvador (BA). Treze anos mais tarde, foi nomeado bispo auxiliar desta arquidiocese pelo então Papa Bento XVI, sendo ordenado bispo em 29 de julho de 2006. Em 2012, foi nomeado como bispo da diocese de Petrópolis (RJ), onde esteve até os dias atuais.
Antes do episcopado, Dom Gregório lecionou diversas disciplinas na faculdade São Bento na Bahia e ministrou cursos ligados à área de Antropologia, Sociologia e Teologia em diversas universidades brasileiras. No Mosteiro de São Bento da Bahia, exerceu quase todos os ofícios monásticos. Foi diretor do Colégio São Bento (2000-2005) e da Faculdade São Bento da Bahia (2005-2006). Também dirigiu a Revista Análise e Síntese (2002-2006). É doutor em Antropologia Cultural pela Universidade Aberta de Amsterdã, nos Países Baixos.
No ministério episcopal, foi bispo referencial da Conferência dos Religiosos do Brasil (BA/SE), de 2007 a 2011; secretário do regional Nordeste 3 (BA/SE), de 2007 a 2012; membro da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação Social, de 2007 a 2011; diretor social da Fundação Dom Avelar, de 2006 a 2012; membro Titular do Conselho de Cultura do Estado da Bahia, de 2007 a 2012; membro titular do Instituto Feminino da Bahia, de 2004 a 2012; membro do Conselho Arquidiocesano de Bens Culturais e Arte Sacra, de 2007 a 2008. Desde 2009 é membro do Repertório Internacional da Iconografia Mundial Titular do RIdIM/Brasil; desde 2012 é membro da Comissão para o Tratado Brasil-Santa Sé; e desde 2013 é o bispo referencial para a Pastoral da Educação e Cultura do regional Leste 1 da CNBB. Atualmente, foi eleito vice-presidente do regional Leste 1 da CNBB.
O bispo de Petrópolis é autor de vários livros. Na 60ª Assembleia Geral da CNBB, de 18 a 28 de abril de 2023, foi eleito para presidir a Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação para o quadriênio 2023-2027.
Trajetória de Dom José Antônio Aparecido
Nascido em Jaú (SP), Dom José Aparecido completou 75 anos de idade em 13 de maio passado e, em conformidade com o Código de Direito Canônico, apresentou renúncia e se torna bispo emérito. Sua ordenação sacerdotal foi em 1974 e em 1991 foi nomeado, pelo então Papa João Paulo II, bispo auxiliar da arquidiocese de Salvador (BA). Desde 1999 é arcebispo de Fortaleza.
Como padre, desenvolveu diversos serviços pastorais, como professor, diretor espiritual e reitor de seminário, vigário paroquial, coordenador diocesano da Pastoral Vocacional, acompanhante dos Movimentos Familiares na diocese de São Carlos e pároco.
Já no ministério de bispo, como auxiliar de Salvador, recebeu a nomeação de vigário-geral da arquidiocese de 1991 a 1999. Foi responsável pela formação sacerdotal e diaconal: acompanhou as equipes de formação dos seminários Propedêutico e Maior, Instituto de Teologia e Escola Diaconal e Pastoral Vocacional, e a formação permanente do clero, de 1991 a 1998. Também exerceu o magistério no Instituto de Teologia da Universidade Católica do Salvador e foi encarregado de articular e formar em Salvador a Pastoral Familiar a partir de movimentos familiares e coordenação arquidiocesana de Encontros de Preparação para os noivos, de 1992 a 1999.
Também acompanhou os movimentos, associações e serviços eclesiais presentes na arquidiocese e a formação dos Leigos, de 1991 a 1999. Foi responsável pela Pastoral da Juventude e Pastoral da Criança, de 1991 a 1998. De 1993 a 1999, foi vigário episcopal para a Pastoral com a responsabilidade de acompanhamento e formação de todas as comissões pastorais na arquidiocese, do Conselho Arquidiocesano de Pastoral e da coordenação da Comissão Central de Pastoral.
A partir de 1996, responsável pela animação do PRNM de preparação para o Grande Jubileu do Ano 2000, com a supervisão das Comissões Pastorais (32) nas exigências “Testemunho, Serviço, Diálogo e Anúncio”. Como bispo auxiliar, foi atuante nos Conselhos Episcopal, Presbiteral, Pastoral e Colégio de Consultores.
No Regional Nordeste 3 da CNBB, que engloba Bahia e Sergipe, assumiu em diversos períodos o acompanhamento especial da Pastoral da Criança, da Pastoral Familiar e da Formação Sacerdotal, Renovação Carismática Católica; e coordenação.
Uma vez nomeado arcebispo de Fortaleza em 1999, foi presidente do regional Nordeste 1 da CNBB, que compreende o Estado do Ceará, para o mandato de 2007 – 2011. Seu lema episcopal é “Fiat Voluntas Tua”, trecho extraído da oração do Pai Nosso, “Seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu”, (MT. 6,10).
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