Encontro

Padre sobre momento com o Papa após Audiência Geral: "Uma emoção"

Fundador da Casa do Menor, padre Renato Chiera, contou que agradeceu Francisco pelo exemplo de amor aos pobres 

Da Redação, com Vatican News

Fundador da Casa do Menor, Padre Renato Chiera. / Foto: Reprodução Vatican News

O fundador da Casa do Menor, padre Renato Chiera, se encontrou com Papa Francisco ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, 18, na Praça São Pedro. Sobre o encontro, o sacerdote destacou: “Uma emoção que eu já repeti três vezes”.

Em entrevista o fundador da Casa do Menor disse que entregou ao Pontífice o resultado de obras assistenciais que nasceram da pregação e do exemplo dele, do amor aos pobres e das periferias: “Eu falei para ele [Papa] que viemos aqui para agradecer, porque ‘o senhor colocou no nosso coração a partir da jornada dos pobres um amor muito grande aos pobres que o senhor chama de carne viva de Cristo”.

Em relação às obras assistenciais padre Renato afirmou: “Estamos tentando colocar isso em prática no Brasil, nas periferias, e agora na África, onde nós fomos em Guiné-Bissau, o lugar mais pobre”.

Experiência de despojamento, de silêncio, e escuta.

Além do agradecimento, o presbítero disse que também foram “dar um pouco de alegria” ao Papa ao expor sobre o trabalho conjunto que está sendo feito por duas entidades no país mais pobre da África: a Casa do Menor Família Vida, com 44 anos de atuação no Brasil, e a Obra Lumen de Evangelização, com 30 anos de atividades.

Para dar seguimento ao projeto, padre Chiera contou que ficou mais de três meses no local. Lá ele fez uma “experiência de despojamento, de silêncio, de escuta, de pensar, de saber que não sei nada; de não fazer nada para escutar e não julgar, para admirar e colher os valores de Deus”.                                                                             

A missão está sendo realizada na Diocese de Bafatá, capital da região de mesmo nome, de maioria muçulmana, “para ser Igreja, lá onde a Igreja não pode chegar”. 

O trabalho é realizado em especial,  junto a crianças, adolescentes e jovens que estão na rua, e são de diversas confissões religiosas. Segundo o sacerdote o início da missão começa com o envolvimento da comunidade, as amizades feitas, para daqui a um ano acontecer o inserção e o apoio. 

“Nós devemos falar e testemunhar uma linguagem que todo mundo entende: a linguagem da presença e do amor.” Para o presbítero deve-se anunciar Jesus com a presença de amor: “Não conseguimos pregar, só acolher as pessoas. Nós éramos um grupo de cinco e vimos que a missão nasce da comunhão: antes a comunhão, depois a missão.”

“Vai para frente!”

O encorajamento em continuar a missão pelos mais frágeis, seja no Brasil ou em outras partes do mundo, veio do próprio Papa:

“Eu já 80 anos”, disse o padre a Francisco. Ele respondeu: “Ué, mas você é jovem! Vai, vai para frente! Vai para frente!”. “Então, o Papa me deu coragem dizendo que não vou morrer já, porque ele disse que tem ainda muita coisa para se fazer (risos).”

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