Argentina

Neste sábado será beatificado Frei Mamerto Esquiú, apóstolo da unidade

 

Um frade que se preocupava com o que acontecia fora do convento e da Igreja no século XIX; esse é um caminho de santidade que será reconhecido pela Igreja neste sábado, 4 

Da redação, com Celam

Imagem: Divulgação – Celam

Um grande pastor, um grande missionário, um grande itinerante. O protagonista desta história é Frei Mamerto Esquiú, alguém que há muito é reconhecido pela sociedade argentina.

Em uma celebração presidida pelo cardeal Luis Héctor Villalba, em sua cidade natal, Piedra Blanca, em Catamarca, o frade franciscano  nascido em 1826 e falecido em 1883, consagrado bispo de Córdoba em 1880, será beatificado.

O purpurado, em entrevista à AICA , reconhece o novo beato como um homem exemplar, alguém que representa “um apelo aos cristãos a aspirarem à santidade”. Frei Mamerto pode ser considerado à frente de seu tempo, “foi um grande pastor … um grande missionário, um grande itinerante” , segundo o cardeal Villalba. É também visto como um apóstolo da unidade, que promoveu a comunhão e a fraternidade na Igreja, na sua Congregação e no país, a ponto de ser considerado um dos grandes patriotas argentinos.

Homem de grande oratória

Ficou famoso seu discurso na Catedral de Catamarca, onde apela para assumir a Constituição de 1853, pedindo a concórdia e a união dos argentinos, uma referência para a atualidade, que pode ajudar a superar as divisões presentes na sociedade argentina. 

A pregação, com uma linguagem direta e simples, sempre foi uma de suas virtudes, desde que foi ordenado sacerdote aos 22 anos . Oratória que também foi apreciada no meio político, tornando-se deputado, integrando o governo provincial de Catamarca.

Durante anos tentando se afastar do mundo da política e das posições eclesiásticas, morou em Tarija (Bolívia), no Peru, em Guayaquil, fazendo uma peregrinação a Roma e Jerusalém, onde também foi reconhecido por sua grande oratória e por seus escritos.

Um bispo com cheiro de ovelha

Como bispo de Córdoba, apesar do pouco tempo que serviu, deixou a marca de um homem de oração, que pregava em quase todas as igrejas e capelas, que orientava os Exercícios Espirituais, que visitava todos os ambientes da diocese, inclusive os presídios e as regiões rurais mais distantes, apesar de adoecer de asma, onde passava a maior parte do tempo ouvindo as pessoas. 

De fato, faleceu em plena missão, no posto “El Suncho”, em Catamarca, em 10 de janeiro de 1883.

 

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