6 de maio

Neste sábado, Dom Paulo Cezar preside beatificação de bispo uruguaio

Primeiro bispo do Uruguai, Dom Jacinto Vera, será beatificado em cerimônia presidida pelo arcebispo de Brasília – nomeado delegado pontifício pelo Papa

Da Redação, com Vatican News

Foto: Divulgação Vatican News

Este sábado, 6, ficará marcado na memória do povo católico uruguaio. Isso porque acontecerá, na Tribuna Olímpica do Estádio Centenário, em Montevidéu, a celebração eucarística da beatificação de Dom Jacinto Vera, primeiro bispo do Uruguai.

A celebração será presidida pelo Cardeal Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília (DF), que foi nomeado pelo Papa Francisco como delegado pontifício, ou seja, seu representante oficial. A aprovação papal do milagre que viabilizou a beatificação de Dom Jacinto Vera aconteceu em 17 de dezembro do ano passado. Desde então, a Igreja do Uruguai realizou diversos preparativos para o momento que se aproxima.

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Mobilização

O arcebispo de Montevidéu, Cardeal Daniel Strula, destaca, entre as iniciativas organizadas, a publicação de livros, a circulação de uma revista em quadrinhos, um vídeo que conta a história de Dom Jacinto Vera, um subsídio com contribuições para momentos de oração e celebração do Departamento de Liturgia da Conferência Episcopal Uruguaia (CEU) e uma vigília na paróquia do Colégio Seminário de Montevidéu.

Também segundo o cardeal, há um clima de grande alegria no país pela beatificação do bispo “que, para alguns, é bem conhecido e amado, para outros nem tanto”. Diversas paróquias têm mobilizado caravanas e excursões à capital uruguaia para que os fiéis vivam esse momento. A celebração será transmitida ao vivo pela Rádio Oriental 770 AM e pela ICMTV, a estação de rádio oficial e o canal da web da Arquidiocese de Montevidéu, respectivamente.

Biografia de Dom Jacinto Vera

Jacinto Vera nasceu em 3 de julho de 1813, no Oceano Atlântico, no navio que transportou sua família das Ilhas Canárias para o Uruguai. Depois de dois anos de peregrinação, a família enfim se estabeleceu, dedicando-se ao trabalho agrícola.

Educado na fé pela mãe e por padres franciscanos, sentiu-se chamado ao sacerdócio em 1832. Por falta de recursos, só pôde cumprir essa vocação em 1837, realizando os estudos teológicos no colégio dos padres jesuítas de Buenos Aires, onde foi ordenado em 1841. Após regressar ao Uruguai, foi destinado à paróquia de Canelones, onde exerceu primeiro o cargo de vigário pároco e depois de pároco, desenvolvendo um intenso ministério com toda a população do vasto território.

Em 1859, foi nomeado Vigário Apostólico e mudou-se para Montevidéu. Depois de ser exilado de outubro de 1862 a agosto de 1863 – período que passou em Buenos Aires –, Jacinto foi eleito bispo titular de Mégara e recebeu a ordenação episcopal em 16 de julho de 1865, retomando sua atividade pastoral.

Na capital uruguaia, não mediu esforços para acabar com a guerra civil. A conquista da paz permitiu-lhe dar um novo impulso à atividade missionária, fortalecida pela chegada dos jesuítas e do primeiro grupo de salesianos, enviados por São João Bosco a seu pedido. Em 4 de junho de 1875 consagrou o país ao Sagrado Coração de Jesus.

Tendo erigido a diocese de Montevidéu, em 13 de julho de 1878 foi nomeado seu primeiro bispo. Em 28 de abril de 1881 partiu para sua última missão, com destino a Pan de Azúcar. A viagem foi dificultada por uma chuva contínua e forte, circunstância que prejudicou definitivamente sua já debilitada saúde. Em 5 de maio, seu estado piorou e ele recebeu os últimos sacramentos. Por fim, faleceu em 6 de maio de 1881.

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