Nessa quarta-feira, 13, é dia de a Igreja celebrar a primeira santa nascida no Brasil. Santa Dulce dos Pobres é exemplo de caridade e amor ao próximo. O Anjo Bom da Bahia teve uma trajetória de vida dedicada às obras sociais voltadas aos pobres e doentes.
Reportagem de Deividson Francisco
Imagens de Santuário Santa Dulce dos Pobres e Arquivo
Ela nasceu Maria Rita, em 1914. Desde menina, seu coração se inclinava aos esquecidos e abria as portas de casa para colher mendigos, doentes, órfãos.
O pequeno gesto infantil era o esboço de uma vida de santidade e uma obra gigantesca. Com o passar dos anos, o século XX aprendeu a chamá-la irmã Dulce. Tornou-se freira aos 18 anos na Congregação das Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Vida religiosa de amor radical por quem não tinha voz e nem abrigo.
Suas mãos curavam feridas. Seu olhar transformava galinheiro em enfermaria, ruas em altares, pobreza em local de encontro com Deus. De sua insistência e confiança, nasceram as obras sociais Irmã Dulce, um dos maiores complexos de atendimento gratuito à saúde do país. A baixa estatura e a saúde frágil foram superadas pela força de espírito.
Sofreu perseguições, enfrentou falta de recursos, mas jamais permitiu que a caridade fosse adiada. Irmã Dulce faleceu em 1992, deixou na Bahia e no coração do Brasil um rastro de santidade.
Canonizada em 2019 pelo Papa Francisco, foi chamada de Santa Dulce dos Pobres, a primeira mulher nascida no Brasil a alcançar a honra dos altares. Seu legado não se mede em datas ou números, mas no sopro de esperança que ainda aquece milhares de vidas.
Santa Dulce permanece viva no cuidado aos enfermos, no pão repartido, no abraço dado sem pressa. O anjo bom do Brasil, como é chamada, dizia com simplicidade e fé: “O importante é fazer caridade, não falar de caridade”. Um testemunho atual de fé e de amor a Cristo e ao próximo. Santa Dulce dos Pobres, rogai por nós.