Assembleia Geral

Na ONU, Santa Sé reforça apelo urgente contra os testes nucleares

Ao reiterar a posição do Vaticano, o observador permanente da Santa Sé, Dom Gabriele Caccia, recordou falas do Papa sobre o tema

Da Redação, com Vatican News

Foto: Johannes Daleng via Unsplash

A reunião plenária da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que objetiva comemorar e promover o Dia Internacional contra Testes Nucleares (IDANT), foi realizada nesta quarta, 4. O observador permanente da Santa Sé, Dom Gabriele Caccia, reforçou o apelo do Papa Francisco sobre a urgente necessidade de cessar os testes nucleares: tanto um desafio quanto um imperativo moral e humanitário.

Entre os temas abordados por Dom Gabriele, foram discutidos sobre os povos indígenas, mulheres, crianças e os não nascidos que são desproporcionalmente afetados pelos efeitos adversos de tais testes. 

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A era nuclear iniciou-se em 16 de julho de 1945, causando impactos significativos na terra, oceanos, subsolo e no ar. Além disso, provocou o deslocamento de pessoas, contaminação de alimentos e água, fora os problemas de saúde.

As terríveis consequências dos testes nucleares

As terríveis consequências da guerra nuclear, incluindo os graves riscos de precipitação nuclear e acidentes catastróficos, tornaram-se ainda mais evidentes com o advento de armas nucleares mais destrutivas. À luz da crescente ameaça representada pelo uso de armas nucleares e do aumento concomitante das despesas militares, o 15º aniversário do Dia Internacional contra Testes Nucleares proporciona uma oportunidade para enfatizar a necessidade de um compromisso global reforçado para o fim dessa prática perigosa.

Segundo o observador permanente da Santa Sé, os Estados têm a obrigação moral de reconstruir as vidas daqueles afetados pelos testes nucleares, ao mesmo tempo em que protegem o meio ambiente para as gerações futuras. Somente por meio de um esforço colaborativo pode-se forjar um mundo livre de armas nucleares. Isso exige cooperação internacional e compromisso com os tratados de desarmamento, bem como a provisão de recursos e apoio às comunidades afetadas.

O papel dos tratados do desarmamento nuclear

Para alcançar esse objetivo ambicioso, o bispo explicou ser essencial que o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT) seja implementado e que o Sistema Internacional de Monitoramento e todos os mecanismos de verificação associados sejam totalmente implementados. Além disso, o fortalecimento da proibição de testes explosivos nucleares, conforme delineado no Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPNW), é de suma importância.

Concluindo seu discurso, o arcebispo citou novamente uma fala do Papa: “A dissuasão nuclear e a ameaça de destruição mútua assegurada não podem ser a base para uma ética de fraternidade e coexistência pacífica entre povos e estados. A juventude de hoje e de amanhã merece muito mais. Eles merecem uma ordem mundial pacífica baseada na unidade da família humana, fundamentada no respeito, cooperação, solidariedade e compaixão. Agora é o momento de contrariar a lógica do medo com a ética da responsabilidade, e assim promover um clima de confiança e diálogo sincero.”

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