João Luiz Pozzobon, o mais recente venerável da Igreja, faleceu há 40 anos. No entanto, seu legado espiritual serve de incentivo para uma vida de santidade. Emerson Tersigni e Messias Junqueira foram para Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, cidade onde ele viveu e evangelizou.
Reportagm de Emerson Tersigni e Messias Junqueira
27 de junho, há 40 anos, João Pozzobon partia para a casa do Pai. Desde então, Santa Maria nunca mais foi a mesma. A cidade do primeiro Santuário de Schoenstatt no Brasil acolheu o seu legado.
“É bonito imaginar que o mesmo Espírito Santo que atuou na vida no coração do João Pozzobon, durante toda sua vida, 80 anos de vida, é o mesmo Espírito que atua em cada um de nós, é um só Espírito”, relatou o secretário da Pastoral Diácono João Luiz Pozzobon, padre Vitor Possetti.
João Pozzobon foi um missionário incansável. Durante sua vida assumiu com simplicidade o amor pela Santa Igreja, e bem pertinho do Santuário Tabor aqui em Santa Maria está localizada sua casa, hoje um museu, a fim de que todo o povo de Deus conheça a virtuosa história do mais novo venerável do Brasil.
Há exatos 7 dias o Vaticano reconheceu as virtudes heróicas do diácono missionário. Em outras palavras, todo católico pode se inspirar na trajetória de fé de João Pozzobon.
“Ele tinha uma grande saudade desde criança, que ele não sabia bem explicar o que era desde os 10 anos de idade. Ele nasceu em 1904, 10 anos de idade, era 1914. O santuário Schoenstatt, o Santuário da Mãe Rainha, foi fundado em 1914, lá em Schoenstatt , na Alemanha. João Pozzobon fala que desde aquele momento é como se uma flecha espiritual a mãe de Deus tivesse lançado lá do santuário original e atingiu o coração e a vida dele. Ele fala que essa saudade saciou quando ele conheceu o Santuário da Mãe Rainha, quando ele começou a participar da construção desse lugar e quando começou a participar da espiritualidade de Schoenstatt, ele sente que, o coração, a saudade dele foi saciada”, explicou padre Vitor sobre toda a trajetória do Venerável.
Alegria e orgulho para os filhos, que no auge da experiência seguem fiéis aquilo que aprenderam com quem caminha rumo aos altares. “Fazer oração da manhã, depois tomava o café, ao meio-dia a gente também fazia oração e a janta também. E sempre ia na missa todos nos dias principais assim”, contou a filha, Nair Pozzobon.
“Não tinha muito estudo, mas deixou coisas maravilhosas pro mundo inteiro. Conquistou muitas almas para o reino de Deus e ele deixou muitas coisas boas para todo mundo”, reforçou a outra filha, Pedrolina Pozzobon.
O filho caçula, Huberto Pozzobon, também partilhou suas memórias. “Ele deitava num banquinho, ficava esperando, vinha os professores. Aí um pouquinho começou a chegar os meninos, as gurizada, os aluninhos olharam, ‘aquele é o homem da santinha’, ‘o senhor já almoçou?’, ele respondeu:’não, é meio-dia, não encontrei nada por aqui’, aí ele abriu a sacolinha e deu a merenda dele pro meu pai. São coisinhas assim que deixou o cara satisfeito, alegre, com as coisas maravilhosas que ele fez”.