Segundo a diocese, Dom Alcimar Caldas Magalhães morreu de parada cardíaca
Da Redação, com CNBB*
Morreu neste domingo, 20, o bispo emérito da diocese do Alto Solimões (AM), Dom Alcimar Caldas Magalhães, aos 81 anos. De acordo com a diocese, a causa da morte foi parada cardíaca. Dom Alcimar estava internado em um hospital de Manaus, desde 29 de maio, onde foi submetido a um procedimento cirúrgico.
Em nota, a diocese pede orações pelo descanso eterno de seu bispo emérito. Também tem mostrado sua solidariedade com os familiares, a família capuchinha, amigos e todos aqueles que com ele caminharam na diocese.
Ainda não foi comunicado a data do velório e sepultamento do bispo emérito do Alto Solimões, que deve acontecer nos próximos dias em Tabatinga, sede da diocese.
Biografia
Nascido em 2 de fevereiro de 1940, na comunidade de Ourique, município de Benjamin Constant (AM), filho de seringueiros, foi ordenado sacerdote em 1967. Sua primeira missão foi como pároco na Paróquia de São Paulo Apóstolo em São Paulo de Olivença (AM). Foi eleito Conselheiro e Definidor da Custódia dos Frades Capuchinhos do Amazonas, em 1972.
Desempenhou diferentes serviços na Ordem dos Capuchinhos até ser eleito bispo de Carolina (MA) em 3 de setembro de 1981, sendo sagrado bispo em 25 de outubro desse ano. Em 18 de novembro de 1990, assumiu como bispo Prelado da Prelazia do Alto Solimões, sendo nomeado bispo diocesano no dia 16 de fevereiro de 1992. Dom Alcimar foi bispo do Alto Solimões até 20 de maio de 2015, quando o Papa Francisco aceitou sua renúncia canônica.
A missão de dom Alcimar na diocese do Alto Solimões, a terra onde ele nasceu, sempre esteve muito marcada pela dimensão social. Ele ajudou a promover projetos a serviço de melhores condições de vida para o homem do interior.
Reconhecimento pelo trabalho
Seu trabalho foi reconhecido em muitas ocasiões. Em 1999, foi eleito Conselheiro do Estado do Amazonas para o Setor Primário, sendo condecorado pelo Governo do Amazonas com a medalha Marechal Cândido Rondon. No dia 31 de agosto de 2008, recebeu o título de Cavaleiro da Paz, por suas ações em favor da Vida e da Paz na região do Alto Solimões e em outros lugares por onde esteve.
Em 2009, foi indicado para concorrer ao Prêmio Brasileiro Imortal promovido pela Companhia Vale do Rio Doce. O objetivo era a eleição de seis brasileiros com atividades na área socioambiental e que tivesse real importância, apresentando benefícios e resultados comprováveis às comunidades, cidades, estados ou regiões em que atuam.
Em parceria com entidades estrangeiras, governamentais, não governamentais e sociedade civil organizada realizou inúmeros projetos em prol dos mais carentes.
*Com informações da diocese de Alto Solimões e Vatican News