Projeto “Revivendo Canções” reuniu importantes músicas que fizeram e fazem parte da vida e da história do fundador da Canção Nova
Julia Beck
Da redação
Monsenhor Jonas Abib/ Foto: Wesley Almeida – Canção Nova
O fundador da Comunidade Canção Nova, Monsenhor Jonas Abib, completa, nesta terça-feira, 21, 85 anos de vida. “Revivendo Canções” é o nome do novo projeto da Gravadora Canção Nova que homenageará a vida e música do sacerdote neste dia.
A ideia do “Revivendo Canções”, como o próprio nome já diz, é de reviver músicas da Canção Nova, da Igreja Católica e do Monsenhor Jonas. A produtora Heloísa Brianes conta que a proximidade do aniversário do Monsenhor Jonas determinou como seria o lançamento deste projeto: com uma homenagem.
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O gerente da Gravadora Canção Nova, Gabriel Leite, detalha que o “Revivendo Canções” deseja mostrar para as pessoas a vida que foi e é vivida por trás de cada canção. “Pensamos em reunir, nesse primeiro momento, as canções do padre Jonas e outras que ele foi adotando como dele no decorrer dos anos”, comenta.
O episódio será lançado nesta terça-feira, 21, às 18h, no Youtube da Canção Nova, além de ser transmitido pela TV e Rádio Canção Nova.
Convidados especiais
O cantor, músico e missionário da Canção Nova Diácono Nelsinho Côrrea, e o cantor católico Eugênio Jorge foram convidados para o episódio de estreia.
“Entendemos que o Diácono Nelsinho seria a melhor pessoa para nos ajudar a revelar essa beleza da musicalidade da Canção Nova, além de ser, hoje, o músico mais antigo da comunidade depois do padre Jonas”, disse Gabriel.
Sobre o convite para a participação de Eugenio Jorge, o gerente da Gravadora relembra que o cantor viveu junto com o Diácono Nelsinho muitas histórias ao lado do Monsenhor Jonas, principalmente com relação à música. “Ele também é uma referência dentro da musica católica”.
“Esses dois aprenderam, desde cedo, com Monsenhor Jonas que a canção precisa cantar a vida que se é vivida. Eles são importantes para a música Canção Nova, pois mostram que nossa canção deve brotar e nascer do coração”, sublinha Gabriel.
Eugênio Jorge e Diácono Nelsinho durante gravação do primeiro episódio do “Revivendo Canções”/ Foto: Gravadora – Canção Nova
Um professor na vida e na música
“Participei com todo o amor e carinho”, conta Diácono Nelsinho. O missionário sublinha que foi uma grande alegria participar desta homenagem para o Monsenhor Jonas, cantando clássicos. “Ficou uma belíssima homenagem”, adianta.
Diácono Nelsinho lembra que conheceu o Monsenhor, em 1975, tocando violão em encontros da Igreja. Ao vê-lo sozinho, ele revela que sentiu em seu coração o desejo de ajudá-lo. O missionário relembra que foi então que o sacerdote o ensinou a tocar violão e, desde então, prosseguiram juntos.
“Posso dizer que o padre Jonas me ensinou tudo! Quando me conheceu, eu era um adolescente. Tenho um amor por ele que só cresce, que nunca diminui, só aumenta. É um amor de filho”, relata.
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Momento de recordações e emoção
“Foi maravilhoso, foi extraordinário. Não só porque revivemos canções que marcaram a vida do Monsenhor Jonas e as nossas vidas, mas porque fomos ao lugar onde tudo começou: a casa da Canção Nova em Queluz”, recorda Eugênio Jorge.
O fundador da Canção Nova, conta Eugênio, mudou a sua história. O cantor lembra que recebeu o convite do sacerdote para ser um evangelizador. “Aceitei, e, desde então, toda a minha vida, história e família foram mudadas através dele, aponta.
Músicas do primeiro episódio
Neste primeiro episódio do projeto, estarão em destaque cinco músicas compostas tanto pelo Diácono Nelsinho quanto pelo Eugênio Jorge. São elas: ‘Há amor em mim’, ‘Amor vencerá’, ‘Não dá mais para voltar’, ‘Juras de Amor’ e ‘És precioso’.
Essas músicas foram cantadas pelo Monsenhor Jonas e representam a música católica e também da Canção Nova, destaca a produtora do “Revivendo Canções”.
Diácono Nelsinho recorda que produziu muitos repertórios do Monsenhor Jonas. “Sempre compus para ele. Não me imaginava cantor e sim compositor, por isso eu compunha para ele”, destaca.
O missionário afirma que a música “Não dá mais para voltar” é a mais marcante, mais a cara do Monsenhor Jonas. “Cantar essa música, ali em Queluz, onde eu a compus, foi emocionante”.
Eugênio Jorge destaca a música “És precioso”. “Essa canção marcou a abertura do meu ministério, em 1982, quando compus a minha primeira canção. Participei com ela em um festival na minha cidade, e ele era um dos jurados. Foi então que iniciamos nossa amizade. Tenho certeza que sou como um filho para ele, e ele é um pai para mim”.
“Esperamos, com esse projeto, fazer com que as pessoas revivam essa história, que se voltem para Deus através deste projeto musical”, indica Heloísa.
Eugênio Jorge e Diácono Nelsinho com todos os envolvidos na gravação do primeiro episódio do “Revivendo Canções”/ Foto: Gravadora – CN
Queluz
A casa da Canção Nova em Queluz (SP) foi o cenário inicial do “Revivendo Canções”. O local, de acordo com o gerente da Gravadora, foi escolhido a dedo, pois é popularmente conhecido como “O santuário do Carisma Canção Nova”.
“A casa de Maria foi a primeira casa da Canção Nova como comunidade, por isso queríamos que fosse a primeira locação. Queremos que o “Revivendo Canções” seja mais do que um projeto, mas sim uma profecia para a música da Canção Nova para trazer a salvação aos corações”, aponta Gabriel.
Diácono Nelsinho conta que se emociona toda vez que vai até a casa da Canção Nova em Queluz. “As paredes daquela casa falam comigo, compus muitas músicas ali, vivi muito ali. Naquele local, vivi os anos mais felizes da minha vida, muitas histórias, trabalhei em muitos encontros. É onde o Padre Jonas começou tudo. Um lugar maravilhoso”, disse.
Eugênio comenta que entrar naquela casa, revisitar tudo, foi uma experiência linda. Fazia mais de 15 anos que ele não ia até lá. “Voltar no lugar onde fui batizado no Espírito Santo foi maravilhoso, assim como cantar com o meu irmão Nelsinho Côrrea. Cantamos canções que embalaram e embalam nossa fé. Foi uma rica homenagem ao Monsenhor Jonas”.
Monsenhor Jonas e a música católica
“Ele é o grande pioneiro e precursor da música católica no mundo. Foi ele que ensinou como faz, participou de grandes festivais, frequentou muitos programas de TV, além de saber tocar muitos instrumentos musicais. Ele sabe muito de música, e para ele, ela serve para evangelizar”, recorda Diácono Nelsinho.
Eugênio Jorge afirma que Monsenhor Jonas foi um arauto, pioneiro, alguém que abriu caminhos para a música contemporânea, música nova do louvor, de adoração e que arrastava multidões.
“Ainda hoje ele é referência. Monsenhor Jonas abriu as portas para nós. Se hoje cantamos, é porque ele abriu portas e nos motivou a seguir em frente”, revela.
Gabriel frisa que Monsenhor Jonas é um dom para a música católica, porque ele e outros poucos desbravaram um caminho antes nunca trilhado. “Ele é a grande das grandes referências da musica católica, porque ousou evangelizar os jovens de seu tempo com os ritmos e linguagens próprias dos jovens”.
“Um dos primeiros padres a pegar em um violão e ensinar os jovens a cantar e rezar. Ele é importante, porque não deixou o dom apenas para si, ele fez discipulado, Diácono Nelsinho, Eugenio Jorge, Ricardo Sá e outros são exemplos da bela escola de evangelização feita por padre Jonas”, conclui.
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