As 15 religiosas da Congregação de Madre Teresa expulsas da Nicarágua foram para a Costa Rica
Da Redação, com Agências
As religiosas da Congregação Missionárias da Caridade, fundada por Madre Teresa de Calcutá, deixaram a Nicarágua nesta quarta-feira, 6. Segundo o La Prensa, antes das 8h da manhã, as 15 freiras deixaram sua casa em Manágua, escoltadas pelas autoridades de imigração e foram para uma casa da Congregação na Costa Rica.
Elas foram expulsas do país pelo governo de Daniel Ortega, que anunciou a decisão no final de junho.
A justificativa apresentada pela Direção Geral de Registro e Controle de Organizações sem Fins Lucrativos do Ministério do Interior é de que as freiras “não respeitaram a lei sobre financiamento do terrorismo e sobre a proliferação de armas de destruição em massa”.
Além disso, a pasta alega que as irmãs religiosas prestavam serviços de assistência social que não passaram pela aprovação dos ministérios da Família, de Educação Pública e Saúde.
O “terrorismo” ou a atuação “sem registro” são as principais motivações usadas para expulsar e cassar o registro de cerca de 450 ONGs desde 2018, quando manifestações nacionais contestaram Ortega no poder.
Obras de caridade no país
As freiras da Ordem de Madre Teresa de Calcutá administravam o Lar Imaculado Coração de Maria na cidade de Granada. Lá abrigavam adolescentes abandonados ou vítimas de abuso, aos quais prestavam assistência psicológica e educação integral.
Junto com as aulas regulares, ensinavam música, teatro, costura, beleza e outros ofícios para que pudessem se reintegrar à vida. Elas também tinham uma casa de repouso em Manágua, a quem forneciam comida, roupas e outros cuidados.
As religiosas de Madre Teresa estavam na Nicarágua desde 1986 e atuavam no auxílio a comunidades carentes. Ao todo, a congregação atua em mais de 130 países no mundo e tem cerca de 4,5 mil religiosas.