De acordo com a Ajuda à Igreja que Sofre, militantes islâmicos atacaram um seminário em Burkina Faso profanando um crucifixo e roubando um carro
Da redação, com Vatican News
A pontifícia fundação Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) informou na sexta-feira, 11, que o seminário de São Kisito de Bougui foi atacado por “homens armados não identificados” na noite de quinta-feira.
Ninguém foi morto no incidente, mas muitos danos foram infligidos ao seminário na diocese de Fada N’Gourma, que fica ao leste de Burkina Faso.
Destruição de itens religiosos
Fontes locais disseram à ACN que cerca de 30 jihadistas islâmicos entraram no complexo do seminário em motocicletas por volta das 20h (horário local), permanecendo por cerca de uma hora.
Foram queimados dois dormitórios, uma sala de aula e um veículo, roubando outro veículo.
A ACN informou ainda que os militantes destruíram um crucifixo, dizendo aos seminaristas que “não querem ver cruzes”. Os criminosos também mandaram os seminaristas saírem e ameaçaram voltar e matar qualquer um que permanecesse no local.
Oração pelos seminaristas
Após o ataque, os seminaristas foram mandados para casa por uma semana. Moradores locais de Bougui expressaram medo à ACN e o desejo de partir após o ataque.
A ACN pediu orações “por todos os seminaristas, formadores e pessoas de Burkina Faso”.
Atualmente, o seminário acolhe 146 seminaristas menores — em idade escolar secundária — e 7 formadores adultos.
Agitação violenta
A nação da África Ocidental de Burkina Faso registrou aumento na violência jihadista nos últimos anos. A incapacidade do governo de conter a insegurança foi citada como razão para um golpe militar que derrubou o presidente Roch Kabore em 23 de janeiro.