Migração

Migrantes e refugiados: contribuições e desafios do presente

Às Vésperas do Dia Mundial dos Refugiados da ONU, reunião na Rádio Vaticano discute os desafios enfrentados pelos migrantes e refugiados

Da redação, com Vatican News

Nesta quarta-feira, 19, um evento organizado pela Rádio Vaticano, intitulado “Migrantes e Refugiados”, promovido pela embaixada da Argentina para a Santa Sé, reuniu diplomatas, comunidades religiosas e ONGs que atuam com migrantes.

O arcebispo Paul Gallagher, secretário do Vaticano para Relações com os Estados, e Martina Liebsch, diretora do setor jurídico da Caritas Internacional, também integraram a reunião.

Liebsch é responsável pela campanha “Compartilhe a Jornada”, que trata de maneira exclusiva do tema migração e o coloca em perspectiva. A advogada disse que a campanha tem recebido uma resposta positiva desde que teve início, especialmente em solo estadunidense.

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Dando um exemplo, Liebsch falou de uma mulher americana e de um refugiado sírio. Essa mulher, ela disse, “escutou sua história e depois me disse: ‘Eu sempre olhei para a migração através de estatísticas e vi os números e fiquei com medo. Agora, escutei uma história e tenho uma compreensão completamente diferente ou um entendimento alterado e posso ver o que está por trás disso”.

Medo e diálogo

Questionada como o medo que as pessoas têm dos migrantes que chegam aos seus países pode ser enfrentado, ela disse o seguinte: “Acredito que o diálogo é definitivamente um dos elementos, não diria o único. Acredito que outro elemento que você precisa dar às pessoas é acesso aos seus direitos e serviços, para que assim tenham uma vida digna”, ponderou.

A advogada salientou ainda que outro importante elemento era ser claro com relação aos fatos. Por exemplo, “especificamente aqui na Europa, deixar claro que não há uma invasão em massa dos migrantes, mas sim em outras partes do mundo onde as pessoas são muito mais pobres”, afirmou.

O Dia Mundial dos Refugiados é comemorado nesta quinta-feira, 20. “É uma maneira de lembrar as pessoas sobre crises esquecidas, um lembrete de todas as pessoas deslocadas internamente, porque essa é outra realidade”, finalizou a advogada.

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