O Arcebispo Maior Sviatoslav Shevchuk, líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana, disse que nesta Páscoa Cristo lhes dá esperança e certeza de um futuro melhor e expressa gratidão ao Papa por ser uma voz singular no trabalho pela paz
Da redação, com Vatican News
Arcebispo Maior Sviatoslav Shevchuk de Kiev-Halyc / Foto: Reprodução Youtube
Apesar da trágica guerra que ainda se segue entre Rússia e Ucrânia, que traz morte e destruição, o líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana disse que enquanto os fiéis celebravam a Páscoa, Cristo, enquanto fonte de esperança e resiliência, permite que mantenham a esperança pelo fim do conflito, e que a paz, a vida e a ressurreição terão a palavra final.
Em uma entrevista conduzida pelo periódico Vatican News, o Arcebispo Maior Sviatoslav Shevchuk de Kiev-Halyc, expressou seu ponto de vista, observando sua gratidão ao Santo Padre pela constante proximidade e apelos e, em particular, por oferecer uma voz única sobre como encontrar soluções pacíficas.
Sua Beatitude falou a respeito da Páscoa Greco-Católica Ucraniana em meio a escombros e guerra, os contantes avisos do Papa Francisco ao longo de seu papado sobre armas nucleares e como trabalhar pela paz mesmo quando seu país enfrenta guerra e sofrimento há mais de um ano desde a invasão da Rússia.
Cristo verdadeiramente renasce
Na Ucrânia, os fiéis costumam se saudar durante a Páscoa com a frase: “Cristo ressuscitou, verdadeiramente ressuscitou”. Para o Arcebispo Sviatoslav Shevchuk, em meio à guerra este aceno toma novos contornos.
“Bem, para nós, não é uma simples saudação, mas uma proclamação da fé cristã e também uma revelação da autenticidade da nossa existência como cristãos”, explica. “Cristo realmente ressuscitou. Ele está conosco, e Ele é uma fonte de nossa resiliência e uma fonte de nossa esperança, esperança para o futuro, esperança de que um dia esta guerra terminará, e então paz, vida e ressurreição terão a última palavra em nossa história”, acrescenta, de maneira enfática.
O arcebispo recorda ainda o apoio prestado pelo Papa Francisco em incontáveis situações. “Para nós é muito importante que não sejamos abandonados, que em nossos sofrimentos não estejamos sozinhos. E o Santo Padre fala não só aos ucranianos, mas também em nome dos ucranianos ao mundo”, afirma.
Caminhos para a paz
Questionado acerca de qual seria a saída para o fim desta trágica guerra, o Arcebispo Shevchuk acredita que as constantes preces são sobremaneira importantes para se chegar a este fim. “Rezamos pela paz. Lutamos pela paz. Claro, essa paz agora soa como um milagre, como algo que deveria estar acontecendo, mas quando, não sabemos. Não há perspectiva humana para um cessar-fogo imediato nesta guerra”, lamenta. “Mas acreditamos que milagres acontecem. Talvez um dia possamos desfrutar da paz em nossa terra ucraniana”, finaliza.
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