Ecumenismo

Iniciados os preparativos para a Semana de Oração pela Unidade Cristã

Semana acontece de 29 de maio a 5 de junho; tema deste ano é: “Vimos o seu astro no oriente e viemos prestar-lhe homenagem”

Da redação, com CNBB

Foto: Arquivo Canção Nova

Comunidades católicas do Brasil se preparam, com outras Igrejas cristãs, para a celebração da Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC) 2022. Ela será realizada de 29 de maio a 5 de junho.

Organizada pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pela Comissão Fé e Constituição do Conselho Mundial de Igrejas, a SOUC deste ano tem o tema: “Vimos o seu astro no oriente e viemos prestar-lhe homenagem”, tendo como base o versículo 2, do capítulo 2, do Evangelho de Mateus.

Diocese de São José dos Campos

Na Diocese de São José dos Campos (SP), no Vale do Paraíba, cinco celebrações, que envolverão oito regiões pastorais e diferentes Igrejas que participam da caminhada ecumênica local, marcarão a SOUC 2022.

A celebração de abertura será na Igreja de Nossa Senhora das Graças, dia 30 de maio, às 19h30, e contará com pregação do bispo diocesano, Dom José Valmor Cesar Teixeira, e do reverendo, Reinaldo de Souza, representante da Igreja Anglicana Família. A celebração tem o mesmo tema da SOUC 2022.

O assessor da Comissão Diocesana do Diálogo Ecumênico da Diocese de São José dos Campos, padre Sebastião Cesar Barbosa, conta que a caminhada ecumênica na diocese se fortaleceu a partir da celebração, em 2000, do Grande Jubileu na Igreja Católica.  Segundo ele, a aproximação ecumênica na diocese se dá entre a Igreja Católica Apostólica Romana, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) e a Igreja Anglicana Família, pertencente à diocese de João Pessoa (PB).

De lá para cá, o grupo lançou a Cartilha Ecumênica, escrita em conjunto pelo Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI) e o CONIC, promoveu uma grande celebração que marcou os 500 anos da reforma protestante, um momento de Oração na Câmara Municipal baseada nos cantos da tradição da Igreja Cristã e um ato para marcar os 20 anos da Declaração Conjunta entre Católicos e Luteranos sobre a Doutrina da Justificação.

De acordo com o padre, atividades como a Semana de Oração pela Unidade Cristã são importantes para dar mais visibilidade ao tema do ecumenismo na Igreja Católica fazendo que ele não seja um assunto periférico e fique apenas nas discussões dos líderes das Igrejas mas chegue às bases e na vida das comunidades.

Caminhar juntos na Esperança e na unidade

O bispo de Cornélio Procópio (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Manoel João Francisco, conclama a Igreja no Brasil a se preparar para celebrar a Semana de Oração pela Unidade Cristã.

“(…) A estrela que brilhou no oriente, o Oriente Médio, dois mil anos atrás, ainda nos chama à manjedoura, onde Cristo nasceu. Ela nos conduz para onde o Espírito de Deus está vivo e ativo, para a realidade do nosso batismo e para a transformação de nossos corações”.

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Para o assessor da Comissão para o Ecumenismo e subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB, padre Marcus Barbosa, o lema bíblico da SOUC deste ano, “Vimos o seu astro no Oriente e viemos prestar-lhe homenagem”, é um forte convite, nestes tempos tão sombrios, para levantar a cabeça e caminhar na esperança e na unidade, seguindo a estrela que Deus faz brilhar sobre nós.

“O encontro com Jesus e com os irmãos e irmãs nessa Semana da Unidade, na adoração e partilha, certamente será mais uma oportunidade que nos fará percorrer caminhos novos que testemunhem com menos palavras e mais ações o desejo expresso por Jesus ‘Que todos sejam um’ (Jo 17,21)”, destaca.

Papa: “Ao cristão não é viável ir sozinho com a própria confissão“

Na última sexta-feira, 6 , o Papa Francisco recebeu os participantes da Plenária do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. No encontro, o Santo Padre enfatizou que hoje para um cristão não é possível, não é viável, ir sozinho com a própria confissão:

“Ou vamos juntos, todas as confissões fraternais, ou não caminhamos. Hoje, a consciência do ecumenismo é tal que não se pode pensar em seguir no caminho da fé sem a companhia de irmãos e irmãs de outras igrejas ou comunidades eclesiais. E isto é uma grande coisa. Sozinho, nunca. Não podemos.”

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