16 de julho

Fiéis celebram Nossa Senhora do Carmo com solidariedade

Província Carmelitana de Santo Elias promoveu festa solidária, motivando a doação de alimentos

Jéssica Marçal
Da Redação

Devoção a Nossa Senhora do Carmo remonta ao século XIII / Foto: Comunicação da Província Carmelitana de Santo Elias

A Igreja celebra, nesta sexta-feira, 16, Nossa Senhora do Carmo. Neste ano, a Festa do Carmo celebrou a solidariedade. A novena, que começou em 7 de julho, promoveu a arrecadação de alimentos para famílias carentes em todas as comunidades carmelitas nas diversas dioceses onde se encontram.

A festa foi inspirada no apelo do Papa Francisco para o V Dia Mundial dos Pobres – “Sempre tereis pobres entre vós”. Segundo o frei Marlom Francis, O.Carm, da Província Carmelitana de Santo Elias, toda a comunidade recolheu alimentos antes das Missas e também no momento do ofertório. Os itens serão doados a famílias carentes e necessitadas.

“Com a pandemia, aumentou muito o número de pessoas em situação de vulnerabilidade, de extrema pobreza. Nós, como carmelitas, como cristãos católicos, temos que dar o exemplo e um deles é este: matando a fome daqueles que necessitam”.

As doações aos pés da imagem de Nossa Senhora / Foto: Comunicação da Província Carmelitana de Santo Elias

O balanço, segundo o frei, é positivo. Ainda não há um balanço geral, pois a arrecadação continua. Após a novena e festa de Nossa Senhora do Carmo, os carmelitas realizam ainda um tríduo em honra ao profeta Elias, também celebrado com solenidade pela ordem no dia 20 de julho.

“Até esse dia recolheremos os alimentos. Depois também, nas nossas secretarias paroquiais e conventuais, o povo pode deixar a sua ajuda. Graças a Deus, o povo acolheu com carinho. O povo é muito bom e sabe partilhar. Estamos vendo de forma positiva essa realização da campanha solidária”.

Além desta ação específica, a província tem também projetos sociais. O maior deles está no Rio de Janeiro, com a obra São Martinho. A organização vinculada à província atende crianças e adolescentes necessitados, oferecendo oficinas e cursos profissionalizantes.

“Temos obras que vão compondo toda essa conjuntura social da província, mostrando que os carmelitas também vivem em missão profética que faz parte do nosso carisma juntamente com a contemplação e a fraternidade”.

Ainda em pandemia

Neste ano, pela segunda vez, a festa de Nossa Senhora acontece em tempos de pandemia. A novena preparatória, no entanto, pôde ser realizada de forma presencial, mas também remota.

Frei Marlom relata que houve uma participação maciça dos fiéis, respeitando todos os protocolos de segurança sanitária. E as paróquias também deram a oportunidade do acompanhamento de casa, principalmente nos casos dos enfermos e idosos.

“A novena é um caminho de conversão, um itinerário espiritual da nossa fé que vem sendo renovado a cada ano. A festa de um padroeiro da comunidade nos congrega na unidade. Fortalece a nossa fé, é um tempo propício de esperança e de graça”, comenta.

A devoção do Carmo e o escapulário

A devoção a Nossa Senhora do Carmo remonta ao século XIII, associando-se diretamente à ordem dos carmelitas que propagaram sua devoção por todo o mundo.

A devoção do escapulário é aprovada pela Igreja / Foto: Comunicação da Província Carmelitana de Santo Elias

A Virgem Maria apareceu ao Superior Geral dos Carmelitas, Simão Stock, em 16 de julho de 1251. Na aparição, ela fez uma intervenção na Obra Carmelita e deu a Stock o escapulário, como sinal de proteção e a promessa de que aquele que o usasse não padeceria no fogo eterno.

A devoção do escapulário foi aprovada pela igreja e inclusive muito recomendada pelos Papas. “Não é um amuleto, não é algo mágico, mas o sinal da predileção de Deus que nos vem até nós pela intercessão bondosa de Maria que é mãe e irmã dos carmelitas”, afirma frei Marlom.

O religioso explica que o católico que usa o escapulário deve ter a consciência de que ele é um instrumental, um sacramental da Igreja que faz viver a serviço de Cristo.

Para o correto uso, o escapulário deve ser de Nossa Senhora do Carmo, com a imagem do coração de Jesus, não com outros títulos. Também é essencial o uso com consciência e retidão, “porque remete a Deus e aproxima de Jesus”, esclarece o religioso.

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