Não às armas nucleares

Em Congresso, Santa Sé pede uso pacífico da energia nuclear

Pedido veio do Secretário para Relações com Estados do Vaticano, durante a Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica

Da redação, com Vatican News

A Santa Sé reiterou seu apoio pelos esforços e contribuições da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês) pela não-proliferação e desarmamento nucleares e, também, pelo desenvolvimento de tecnologias nucleares seguras e pacíficas.

“Os objetivos mais amplos são da não-proliferação nuclear, do desarmamento e do uso pacífico das tecnologias nucleares, já que todas elas dependem das estratégias desenvolvidas pela IAEA”, disse o Secretário para Relações com Estados do Vaticano, o arcebispo Paul Richard Gallagher.

Dom Gallagher fez este pronunciamento durante a 63ª Conferência Geral da IAEA, que teve início na segunda-feira, 16, na sede da organização em Viena, na Áustria.

Uma organização internacional autônoma, estabelecida em 1957, a IAEA, procura promover o uso pacífico da energia nuclear e inibe a aplicação nuclear com propósitos militares, incluindo armas nucleares.

Tecnologia nuclear e desenvolvimento integral

O arcebispo Gallagher notou que “projetos de cooperação técnica em se tratando da saúde humana, água e meio ambiente, mudanças climáticas, segurança com relação à alimentação e agricultura inteligente contribuíram de maneira significativa para a diminuição da pobreza e a habilidade de os países alcançarem seus objetivos de modo sustentável”.

Neste aspecto, o representante da Santa Sé citou o Papa Francisco, dizendo que “a comunidade científica, por meio de um diálogo interdisciplinar, é capaz de demonstrar nossa crise no planeta e, também, é chamada para oferecer liderança que ofereça soluções específicas que protejam os ecossistemas, antes que as novas formas de poder decorrentes do modelo tecnoeconômico causem danos irreversíveis não apenas ao meio ambiente, como também às nossas sociedades, à democracia, à justiça e à liberdade”. 

Centralidade da pessoa humana

O arcebispo apontou ainda que quaisquer esforços que tragam avanço social e promovam o bem comum devem ser baseadas no desejo de garantir o desenvolvimento integral de todos os homens e mulheres. “A pessoa humana é centro do desenvolvimento”, disse, citando a Declaração de Direito ao Desenvolvimento da ONU.

O arcebispo ainda citou o Papa Emérito Bento XVI, que expressou apoio da  Santa Sé para o uso pacífico e seguro das tecnologias nucleares para um desenvolvimento autêntico, e ressaltou a importância de continuar o diálogo e a cooperação entre ciência e fé na “construção de uma cultura de respeito ao homem, pela dignidade e liberdade humanas, pelo futuro de nossa família humana e pelo desenvolvimento sustentável a longo prazo de nosso planeta.”

Dom Gallagher reconheceu a contribuição da AIEA para a criação de um mundo livre de armas nucleares, por meio de vários acordos e protocolos.

Ao emitir apoio às ações da AIEA em relação ao Irã e à Coréia do Norte, a Santa Sé expressou sua gratidão pelos esforços da agência no desenvolvimento de estratégias para o Programa de Ação para Terapia do Câncer (PACT).

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