Sínodo dos Bispos

Dom Joel: mais que resultados, a sinodalidade diz que é preciso escutar

Em coletiva de imprensa em Brasília (DF), Dom Joel Portella Amado fez um balanço da Etapa Continental na América Latina e Caribe do processo do Sínodo sobre a Sinodalidade

Mauriceia Silva
Da Redação

Foto: Francisco Coelho

Aconteceu nesta sexta feira, 10, uma coletiva de imprensa sobre o Balanço da Etapa Continental na América Latina e Caribe do processo do Sínodo sobre a Sinodalidade.

A coletiva aconteceu de modo presencial, com transmissão nas redes sociais do Celam e da CNBB. Na ocasião, foi dado um balanço sobre o processo da Etapa Continental do Sínodo dos Bispos 2021-2024. 

O levantamento foi convocado pelo Papa Francisco, no âmbito da Assembleia Regional do Cone Sul (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) e da América Latina e Caribe, processo que está sendo concluído e coordenado pelo Celam. 

A reunião se deu no auditório São Paulo VI , na Casa Dom Luciano Almeida localizada na Asa Norte, no Distrito Federal, e contou com a presença do secretário-geral do Celam, Dom Jorge Lozano, secretário-geral da CNBB Dom Joel Portella Amado, e da presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Sônia Gomes de Oliveira.

Também a responsável pelo processo Sinodal no Paraguai, Blanca Patricia Palacios, o  secretário-geral adjunto do Celam e coordenador das Assembleias Regionais, Padre Pedro Brassesco, estiveram presentes na coletiva.

Dom Joel Portella Amado definiu o processo sinodal como rico e fecundo e disse que o Brasil está aprendendo a viver o Sínodo. “Dois números me chamam muito a atenção. Na primeira etapa nós tivemos 97% de participação. O Brasil tem 279 dioceses, uma das maiores, se não a maior conferência episcopal, e a aceitação se pode dizer integral. Porque dos 3% que não participaram, se tratavam de dioceses com mudança do bispo naquele momento. Portanto esses 3% não são sequer considerados. “

Cada etapa é um alargar do círculo da sinodalidade

Dom Joel informou que, nesta segunda etapa, em preparação ao encontro de hoje, etapa continental, houve  62% de participação.

“Para nós Brasil, o período que pegou o final do ano, Natal, o Ano Novo, no período de férias, 62% é um número muito bom. Porém há um detalhe aqui: nós precisamos perceber o processo sinodal, ele não se pode dar por satisfeito. É sempre um processo que avança, cada vez mais, na medida em que é de expressão uma comunhão que nasce, o Deus trindade vai se concretizando entre nós, cada momento, cada etapa é um alargar, do círculo da sinodalidade. “

Comunhão e sinodalidade só se aprendem fazendo

“A organização deste encontro coube ao Celam, até para dar uma linha de continuidade entre o primeiro encontro, Caribe e México, o segundo encontro, os países bolivarianos e nós. Cabia ao Celam a unidade, a nós cabia primeiramente a estrutura. Porém Deus tem seus caminhos. E conversando com muitos representantes dos grupos brasileiros na verdade nós vimos que foi uma grande aula de sinodalidade”, disse Dom Joel.

“Porque comunhão e sinodalidade só se aprende fazendo. Não foi um encontro de políticos, de experts, de especialistas, não, foi um encontro de irmãos e irmãs. Isso é a grande lição da equipe nacional de animação do Sínodo.”, acrescentou. 

Segundo Dom Joel Portella, na próxima semana a equipe deve se encontrar para continuar o processo de animação. É uma pequena equipe de 14 pessoas, dentre elas, leigos, consagrados, diáconos, sacerdotes, e tem os bispos também na equipe para que se possa manter o Brasil animado, vivo, interessado nesse processo.

“Mais do que talvez resultados bem específicos a sinodalidade diz para nós que é preciso escutar,” concluiu o secretário-geral da CNBB.

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