Professor de História da Igreja e autor de vários livros de formação católica, professor Felipe enfatiza valor da escrita para a transmissão da fé
Huanna Cruz
Da Redação
Nesta quinta-feira, 25, comemora-se o Dia do Escritor. Por ocasião da data, o professor de História da Igreja e autor de vários livros de formação católica Felipe Aquino recordou a evangelização da Igreja por meio da escrita.
Segundo Aquino, não há dúvida de que a escrita é um grande meio de propagação da fé católica. Muitos homens e mulheres de Deus, santos padres, doutores da Igreja e quase todos os santos deixaram obras primorosas de espiritualidade. Papas, bispos, sacerdotes e leigos também ofereceram grandes textos. “Lembro os escritos da Sagrada Escritura, do Antigo e do Novo Testamento que trouxeram a nós grandes verdades da nossa fé e da nossa salvação”, enfatiza.
Antigamente, não era fácil escrever, recorda o professor. Não havia lápis e canetas como hoje, escrevia-se com uma pena de ganso molhada na tinta. “Muitas obras maravilhosas foram escritas neste estilo”, assinala.
“Os santos dos primeiros séculos fizeram chegar até nós o que Jesus ensinou para a nossa salvação, desde os Evangelhos, até os primeiros escritos dos santos doutores. [Eles] clarearam a fé, formularam a doutrina de maneira segura, enfrentaram as heresias e escreveram seus livros relatando a verdade que liberta e salva.”
Aquino lembra que as inúmeras obras de espiritualidade, encíclicas, documentos e normas pastorais formam o grande acervo espiritual teológico, pastoral e catequético da Igreja.
Santos que se destacaram por meio da escrita
Alguns santos se destacaram por meio da escrita. O professor sublinha os evangelistas: São Mateus, São Marcos, São Lucas, São João, São Paulo, São Tiago menor e São Judas, além de grandes escritores desconhecidos do Antigo Testamento.
“No início do Cristianismo, temos as obras maravilhosas dos padres da Igreja: São Clemente de Roma, São Policarpo de Esmirna, São Justino mártir, Santo Irineu de Lião, Santo Atanásio, São Cirilo de Jerusalém, São Cirilo de Alexandria, Santo Agostinho, São Basílio Magno, São Gregório Nazianzeno, São Jerônimo, Santo Ambrósio, São João Crisóstomo, São Leão Magno, São Damasceno, São Damião etc. Na Idade Média, São Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Santo Anselmo, São Bernardo, Santo Antônio, São Domingos de Gusmão, Santa Teresa de Ávila, São João da Cruz, São Francisco de Sales, Santo Afonso de Ligório…”, indica.
Por fim, Aquino citou autores e importantes obras para o catolicismo: Santo Irineu de Lião – “Contra os hereges”; Santo Agostinho – “Confissões”, “Cidade de Deus”, “Comentários aos Salmos (3 volumes)”, “Doutrina Cristã”, “A Trindade”, “Sermões”; São Leão Magno – “Sermões de Natal e Epifania”; São Tomás – “Suma Teológica”, “Suma contra os gentios”; Bento XVI – “Jesus de Nazaré”, “Dogmas”, “o Sal da Terra”, “O que é o Cristianismo”.