Missão de paz

Crianças ucranianas levadas à Rússia: cardeal leva preocupação a Biden

Enviado pelo Papa em uma missão de paz à Ucrânia e Rússia, Cardeal foi recebido pelo presidente dos EUA nesta terça-feira, 18, na Casa Branca

Da redação, com Vatican News

Chegada do Cardeal Zuppi à Casa Branca para encontro com Biden/ Foto: Reprodução Reuters

O Vaticano segue empenhado em seu compromisso de intermediar o retorno das crianças ucranianas levadas à força para a Rússia. O assunto foi tema da conversa desta terça-feira, 18, entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Conferência Episcopal Italiana e enviado do Papa a Washington, Cardeal Matteo Maria Zuppi.

O purpurado realiza uma missão para encontrar caminhos de paz para a Ucrânia. Ele foi recebido, às 17h (horário dos EUA), na Casa Branca e a conversa durou cerca de duas horas e meia com o presidente.

Encontro

Uma nota divulgada pelo governo dos EUA, logo após o encontro, destaca que Biden “expressou seus votos para o contínuo ministério e liderança global do Papa Francisco e saudou a recente nomeação de um arcebispo dos EUA como cardeal”.  Com Zuppi, o presidente “discutiu o compromisso da Santa Sé em fornecer ajuda humanitária para enfrentar o generalizado sofrimento causado pela agressão contínua da Rússia contra a Ucrânia”, bem como o “apoio” do Vaticano à questão do retorno para casa dos mais de 19.000 menores ucranianos (de acordo com o governo de Kiev, poderiam ser muitos mais).

Tema, esse sobre o qual o presidente ucraniano Volodymir Zelensky já havia solicitado a ajuda da Santa Sé durante sua audiência com o Papa Francisco em maio, e que o próprio Cardeal Zuppi havia abordado durante as etapas anteriores de sua missão, em Kiev (entre 5 e 6 de junho) e Moscou (entre 28 e 29 de junho).

Em particular, na Rússia, o cardeal discutiu a questão com o assessor de política exterior de Vladimir Putin, Yuri Ushakov, e a comissária do presidente da Federação Russa para os direitos das crianças, Maria Lvova-Belova. O site do comissário também confirmou, publicando uma foto da visita do cardeal e explicando que questões humanitárias relacionadas a “operações militares” e à proteção dos direitos das crianças foram discutidas durante as conversas.

Visita ao Capitólio

Agora, então, um novo foco em Washington, onde Zuppi chegou no dia 17 de julho e permanecerá também nesta quarta-feira, 19, acompanhado por um funcionário da Secretaria de Estado. Na capital estadunidense, o arcebispo de Bolonha, antes de visitar Biden, visitou o Capitólio, sede do Congresso, para um encontro com alguns parlamentares dos EUA.

Pouco antes desses encontros, o núncio apostólico nos Estados Unidos, o arcebispo Christophe Pierre – entre os futuros cardeais no Consistório de 30 de setembro – disse a algumas estações de TV que o objetivo da missão de Zuppi é “dialogar, ouvir e ser ouvido”. O presidente Joe Biden, acrescentou o cardeal eleito, “sempre foi muito atencioso com o Santo Padre”.

A ideia geral é “contribuir para a paz e, mais especificamente, entrar no aspecto humanitário, particularmente com relação às crianças. A discussão gira em torno disso”, disse o núncio à mídia. “Esse é o objetivo mais específico do cardeal e, obviamente, do Papa, também porque é concreto. Porém, a ideia é pensar na paz, no contexto complicado que existe. O cardeal é muito realista, procuramos fazer o que é possível”.

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