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Chile: bispos clamam por diálogo para elaboração de nova Constituição

Comitê Permanente da Conferência Episcopal do Chile descreveu o referendo como um sinal de civilidade e participação

Da redação, com Agência Fides

Depois que a maioria dos cidadãos no referendo no domingo, 25, aprovou a proposta uma nova constituição, o Comitê Permanente da Conferência Episcopal do Chile também expressou sua opinião e qualificou o referendo como um “grande sinal de civilidade e participação”. Neste novo caminho, “o papel dos cidadãos será de fundamental importância”, afirmam os bispos, que os exortam a continuar o caminho do diálogo em vista das eleições dos delegados para abril de 2021, que deverão elaborar a proposta de uma nova Constituição para o Chile.

Com 87% de comparecimento, 78,2% dos participantes votaram a favor de uma nova emenda constitucional, contra 21,8% que manifestaram o desejo de não mudá-la. Portanto, o caminho para uma nova Constituição terá início com a sua redação, a qual será confiada a uma “Convenção Constituinte”, que também foi confirmada como órgão no referendo. Será composta exclusivamente por cidadãos eleitos democraticamente, em partes iguais entre homens e mulheres, que serão eleitos em 11 de abril de 2021. A partir daí, os eleitos terão nove meses para apresentar a proposta constitucional, ainda que possam solicitar uma prorrogação de três meses. Por fim, um novo referendo deverá aprovar ou rejeitar a proposta, pelo menos 60 dias após a sua apresentação. Isso se dará por meio de votação obrigatória.

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Na declaração, os Bispos recordam que “o papel dos cidadãos será de fundamental importância. Encorajamos as pessoas, os cidadãos e as organizações políticas a continuarem o caminho do diálogo, ouvindo ideias, propostas e valores fundamentais para a decisão que o eleitorado deve levar para eleger os delegados em abril de 2021 que terão que construir juntos a proposta de uma nova Constituição para o Chile”.

O texto conclui com um apelo: “Apelamos aos diversos partidos políticos para que concluam os acordos, que são da responsabilidade do Congresso, a fim de facilitar este processo, de forma que seja verdadeiramente representativo da pluralidade chilena”.

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